A despeito da globalização, o fim do mundo - literal ou figurado - é, quase sempre, um fenômeno local. No Japão, por exemplo, ninguém nem sabe quem é Antonio Palocci, embora aqui no Brasil o ministro tenha status de risco atômico no governo Dilma. Outra coisa: está chovendo horrores no Nordeste, mas quem se preocupa com isso no resto do País?
Há casos, inclusive, de vizinhos que, mesmo compartilhando aflições, não chegam a um consenso sobre a leitura do noticiário. Quer ver só? Na sua opinião, caro(a) leitor(a), a prisão do jornalista Pimenta Neves com 11 anos de atraso é o fim do mundo ou uma esperança de que ele não vai acabar sem que a gente veja o ex-médico Roger Abdelmassih na cadeia? Pense com calma, tem tempo!