De onde vêm todas aquelas mulheres anônimas que não vão pra pista atrás de fama ou príncipe encantado. Flertam com a multidão, brincam com o desejo, insinuam o prazer, despertam fantasias, mas não procuram ninguém. A rigor, se acham, vivem o clímax de um show particular!
Depois somem na dispersão! Cinderela de Sambódromo se esconde o resto do ano em uniformes de caixa de supermercado, balconista de lanchonete, funcionária de posto de pedágio, trocadora de ônibus, vendedora da Avon, recepcionista, enfermeira, limpadora de chaminé...
Como dizia Chico Buarque, "quem não a conhece não pode mais ver pra crer, quem jamais a esquece não pode reconhecer".