Reguladores de telecomunicações da União Europeia apresentaram nesta quinta-feira seus planos para acelerar o uso de computação na nuvem por entidades públicas e empresas, com esperanças de elevar o Produto Interno Bruto (PIB) do bloco monetário em quase 1 trilhão de euros nos próximos oito anos. Preocupações sobre privacidade e perda de dados serviram de obstáculo para a adoção da computação em nuvem na Europa. Essa tecnologia envolve o armazenamento de dados dos usuários em servidores remotos que podem ser acessados a partir de qualquer lugar. A Comissão Europeia quer lidar com essas preocupações com especialistas, que explicarão questões legais complicadas sobre proteção de dados e desenvolverão um padrão de privacidade, disse o poder Executivo da UE em coletiva de imprensa nesta quinta-feira. "Você não deveria precisar de uma graduação em direito para navegar na nuvem", disse a Comissária para Telecomunicações da UE, Neelie Kroes. "Mas hoje, muitos usuários em potencial acham que é uma tecnologia complicada demais, arriscada demais ou não confiável demais", acrescentou. Clientes europeus queixam-se de que muitos contratos relativos a essa nova tecnologia não especificam quem é responsável por uma possível perda de dados. E a proliferação de diferentes padrões de privacidade e segurança pode ser confusa.
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