A prefeita vai casar. Marta Suplicy (PT) anunciou que pretende oficializar a relação com o franco-argentino Luís Favre ainda este ano, assim que for concluído o processo de separação dela com o ex, o senador Eduardo Suplicy. Na verdade, a papelada, pelo jeito, anda emperrando os planos da prefeita. Em outubro de 2001, Marta declarava que pretendia trocar alianças com o namorado no início de 2002 - e, até o momento, nada de casório. Mas agora a demora pode virar aliada da prefeita, caso ela resolva fazer uma festa para celebrar a união - no que promete ser o casamento do ano. Organizar um enlace desse porte exige antecedência de 12 meses para alguns serviços, mesmo entre fornecedores que atendem ao primeiro escalão da sociedade. Salão, bufê, docinhos, decoração, flores, som, filmagens, fotógrafos, manobristas formam uma lista de providências das quais nem a prefeita vai escapar. Os especialistas sugerem que ela faça uma cerimônia reservada, nos salões ou jardins de sua casa. "Ela não vai casar de noiva na igreja, vai?", pergunta a estilista Isabel Cristina Gonçalves, que veste noivas de altíssimo cacife da cidade. Ninguém sabe, mas na opinião da consultora o chique seria fazer o casamento às 5h da tarde, na residência dela, se possível no jardim e a bordo de um tailleur claro, com chapéu. "Seria uma forma de homenagear o noivo, pois na Europa não se casa à noite", sugere. Mulher de fino trato, bem nascida e bem criada, Marta Suplicy se quisesse não precisaria nem de um modelito novo. Poderia usar um de seus terninhos Chanel ou Saint Laurent. Assídua nas marcas internacionais da Daslu, a prefeita tem um estilo clássico que garante elegância e, querendo, pode fazer uso de um vintage de seu acervo pessoal. Vestido de noiva, todos sabem, encarece qualquer festa. Pode ir de R$ 6 mil a R$ 60 mil, dependendo da quantidade de bordado ou do calibre da etiqueta. Caso Marta não queira usar os salões de sua residência, pode optar por algum espaço normalmente utilizado para festas de grandes sobrenomes, como a Hípica de Santo Amaro, o salão La Luna ou o Jockey Club de São Paulo. O primeiro item a considerar é o aluguel do espaço. "No La Luna o custo era R$ 17 mil só para pôr os pezinhos lá dentro", lembra Regina Fava, socialite que está organizando o casamento da filha há um ano e fez uma ampla pesquisa antes de acertar o local. Na Hípica, o lugar vazio, sem nada, vale R$ 15 mil. Um bufê de categoria não sai por menos de R$ 100 por cabeça. O que servir em uma festa que reuniria a turma do churrasco de Lula e do fois gras de Favre? "Acho que ela não poderia fazer grandes festas, acredito que não seja o momento", avalia o banqueteiro Tuca Lobo Vianna, que assinou o cardápio do casamento de André, filho do meio de Marta Suplicy. Ele sugere um jantar íntimo, para a família. Cardápio? "No casamento ela gostou muito do arroz de bacalhau, que servimos com uma massa coringa", lembra Vianna. Ele apostaria no mesmo menu. Christian Formon, outro nome sempre lembrado pelas noivas da alta sociedade, aposta em um prato refinado, como a dona da festa. "Faria um cordeiro em crosta de ervas, molho de caju e galette de batatas e, de sobremesa, mousse de formage blanc com goiaba em compota e tela de coco", diz. O florista Vic Meireles, que faz o cenário de 9 entre 10 casamentos classe A, enfeitaria a casa com algo tropical. "Ela vai casar com estrangeiro, eu usaria muita orquídea brasileira", recomenda. A doceira Paty Piva, preferida pelas noivas de fino trato, também aposta em uma festa chique, em casa. "Faria algo bem clássico, com enfeites de rosas e doces tradicionais. Ela é tradicional e não pode faltar um camafeu e um bem-casado", aposta. O bolo ela construiria em andares, mas algo discreto, que pudesse ser acomodado em uma bandeja de prata, dessas de família. O que deve ter de sobra no clã dos Smith de Vasconcelos.
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