Santos e Palmeiras somam 53 pontos no Campeonato Brasileiro, seis a menos do que o líder Corinthians. Mas o time de Vila Belmiro não goza do mesmo crédito do rival de Palestra Itália.
+ Confira a classificação do Campeonato Brasileiro
Vários são os motivos que podem explicar esta situação. Um deles seria a diferença técnica dos elencos. O técnico interino Alberto Valentim pode mexer na equipe muito mais que seu veterano colega Levir Culpi.
Jogadores-chave do Santos não passam por um bom momento. É o caso do meia Lucas Lima, cérebro do time, que parece abalado com as negociações para ver se fica ou sai do clube. Tem uma proposta de R$ 45 milhões para permanecer no clube, mas teria acertado a saída para o Palmeiras, mas ainda sonha com a possibilidade de atuar no futebol europeu.
Veteranos como Renato e Ricardo Oliveira sofreram com lesões durante o campeonato. O atacante está recuperando um melhor ritmo só nos últimos jogos, enquanto o volante deve voltar a jogar 90 minutos no clássico com o São Paulo, no sábado.
Vitor Bueno só volta em 2018, Bruno Henrique está prestes a retornar, enquanto Victor Ferraz continua fora. "Time não tem padrão para suportar tantas alterações na equipe."
A irregularidade do time reflete dentro de campo e os três empates diante de Ponte Preta, Vitória e Sport deixaram parte da torcida revoltada e desconfiada, a ponto de um grupo recepcionar de forma hostil no aeroporto a delegação vinda do Recife.
Na vitória sobre o Atlético-GO, apenas quatro mil torcedores na fria Vila belmiro no domingo passado. Foi o segundo pior público do time no ano, cuja média em casa é de 7 mil torcedores.
O momento político também causa certa instabilidade no futebol. "Me pediram para eu não falar sobre a política do clube", disse Levir, que tem contrato até o fim do ano. Aliás, Levir foi alvo de polêmica no fim da semana passada quando chegou a ter sua demissão anunciada por parte de alguns veículos de comunicação.
"Foi apenas uma conclusão precipitada por parte de alguns membros da imprensa", disse o presidente Modesto Roma Jr., em entrevista ao programa Redação SporTV. "Depois do empate com o Sport, quisemos saber se o Levir teria perdido o vestiário. Tivemos uma reunião com a diretoria e decidimos conversar com ele", revelou o dirigente.
"Conversei com o Levir. Ele disse que não tinha problemas e os jogadores ratificaram essa condição, ao dizer que estavam satisfeitos com o Levir", disse o presidente santista.
As eleições para presidente acontecem em 9 de dezembro. Até lá o Brasileiro já vai ter acabado. Resta saber se o Santos terá força para reverter todas as expectativas e superar Corinthians e Palmeiras na reta final do campeonato.