A principal missão do Teleton deste ano é recuperar a participação da população para atingir e meta de arrecadar R$ 30 milhões. Na 24ª edição do evento, que será transmitido pelo SBT nos dias 22 e 23 de outubro, a expectativa é receber R$ 12 milhões em doações de pessoas físicas. Por isso, uma das novidades é o envio de recursos por PIX, com a chave doeteleton@aacd.org.br.
"R$ 5,00 fazem toda a diferença", afirma Edson Brito, superintendente de marketing e relações institucionais da AACD. De acordo com o executivo, a instituição registra uma redução cada vez maior nessa contribuição. Em 2016, esse montante chegava a 52% da arrecadação. Em 2018, caiu para 38%. Houve nova queda para 29% em 2019 e mais uma diminuição para 15% no ano passado.
"Isso representou uma retração de 120 mil atendimentos no total de 200 mil que o Teleton nos possibilita", diz Brito. "Somente em 2020, a queda nas doações de pessoas físicas foi de 60%, o que equivale a 64.430 atendimentos", explica o superintendente.
"O mais importante não é o valor doado, mas sim a participação, porque qualquer quantia é fundamental", ressalta Edson Brito. "Felizmente, as empresas mantiveram o apoio".
A pandemia também gerou novos gastos. "Temos custos maiores com higiene, segurança e telemedicina", explica Alice Rosa Ramos, superintendente de práticas assistenciais da AACD.
"O Brasil vivencia um momento de reavaliações e as pessoas com deficiência estão de colocando, estão mais presentes, ocupando espaços", diz Alice. "O papel da AACD é da inclusão, no trabalho, na escola e na sociedade", comenta a especialista.
O CEO da AACD, Valdesir Galvão, também chama a atenção para o principal propósito da instituição, que nasceu em 1950 para promover a inclusão das pessoas com deficiência. "Essas pessoas ficavam escondida. E o que nós fazemos é buscar o potencial máximo dessa pessoa".
"O Teleton busca destacar temas mais relevantes para a pessoa com deficiência, amplificar o debate. Muitas empresas estão pedindo para a AACD ajuda no no desenvolvimento de programas de inclusão", revela Edson Brito.
"Reabilitação é um problema de saúde pública, não é filantropia. É uma volta à vida com maiores possibilidades. E o Teleton faz isso, mostra para a sociedade que a pessoa com deficiência existe", completa Alice Barros.
A diretora do programa no SBT, Norma Vantovanini, ressalta que o tema deste ano é exatamente esse, a importância da inclusão. "É o destaque para a autonomia e independência da pessoa com deficiência, da conquista de espaços", diz.
Todas as informações sobre doações, apresentadores, padrinhos e madrinhas, o formato do evento e seus patrocinadores estão na página Teleton.org.br.
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