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Diversidade e Inclusão

Ação solidária reúne 3 mil voluntários e envia 14 mil cartas a idosos isolados na pandemia

Projeto 'Corrente do Bem: Escreva Para Um Idoso' foi criado há dez meses pela Associação Keralty Brasil. Mensagens também são gravadas em áudio e vídeo. Grupo está aberto para inscrições de novos participantes.

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Foto do author Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

Descrição da imagem #pracegover: Foto de uma mulher idosa sentada no banco de uma praça, com uma carta nas mãos. Ela veste casaco azul claro, echarpe preta, gorro verde e usa óculos. Crédito: Divulgação.  Foto: Estadão


Uma ação solidária criada há dez meses pela Associação Keralty Brasil para ajudar a combater a solidão durante a pandemia de covid-19 já enviou 14,5 mil cartas a pessoas idosas que estão em isolamento para evitar a contaminação pelo coronavírus.

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O projeto 'Corrente do Bem: Escreva Para Um Idoso' mantém contato principalmente com pessoas sem familiares próximos, por meio de cartas redigidas por 3.719 voluntários, que são digitalizadas e enviadas às instituições parceiras em todo o País. As mensagens também são gravadas em áudio e vídeo.

A ideia surgiu para apoiar pacientes assistidos pelo programa Contigo, organizado pela associação, mas cresceu rápido, com a participação de entidades de apoio a idosos em situação de vulnerabilidade social. São 50 cartas por dia.   "A ideia era fazer contato por WhatsApp, mas percebemos que a maioria dos idosos não usa esse tipo de ferramenta. Lembramos que a comunicação antiga era feita por carta", explica Erika Nunes, coordenadora da Associação Keralty.

"Os voluntários e os idosos estão criando um forte vínculo de amizade. É muito comum que eles também incluam fotos da sua vida e enviem o contato para que eles possam continuar se comunicando. Temos relatos de voluntários que nunca tinham escrito uma carta. É uma troca mútua", afirma Erika.    "Esse vínculo vai além das fronteiras do projeto. Os próprios voluntários se mobilizaram em uma ação para arrecadar doações para uma instituição", diz a coordenadora.


Descrição da imagem #pracegover: Montagem com seis fotos de mulheres idosas com cartas nas mãos e também de voluntárias lendo as cartas. Crédito: Divulgação.  Foto: Estadão


"Escrever cartas é muito mais do que solidariedade, é um exercício de empatia. Neste momento tão difícil que estamos passando, eu diria que fui ajudada muito mais do que eu ajudei", conta Daniele Fredo, voluntária do Rio de Janeiro que já procurava, muito antes da pandemia, algum projeto para contribuir, mas a correria do dia a dia roubava o tempo para ao voluntariado.

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"Tem sido uma experiência de reconexão com o meu propósito de ajudar e fazer a diferença. A empatia tem poder de mover o mundo", celebra a voluntária.

Para fazer parte do grupo de voluntários é necessário se inscrever na plataforma Atados. Todas as cartas passam por uma revisão antes de serem enviadas para as instituições.


Descrição da imagem #pracegover: Foto de duas funcionárias do Hospital Keralty com uma paciente. Uma das funcionárias segura um envelope. As três estão sorrindo e olhando para a câmera. Crédito: Divulgação.  Foto: Estadão



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