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Experiências sobre locais ou serviços acessíveis para pessoas que têm o Transtorno do Espectro Autista (TEA) alimentam a base de dados do aplicativo 'Rede Azul'. O software colaborativo lançado em dezembro do ano passado já acumula informações sobre os "pontos azuis" em 14 estados brasileiros.
A solução nasceu em Indaiatuba (SP), desenvolvida por Elaine Marques, mãe de Alícia Nicol Marques, de 17 anos, que tem a síndrome de Asperger, confirmada quando a menina tinha 12 anos. "Médicos diziam que ela tinha uma série de transtornos diferentes, receitavam remédios e tratamentos que não ajudavam. Após essa fase, iniciamos outra luta por serviços e profissionais adequados, para que ela pudesse se desenvolver", conta Elaine.
A distribuição começou em municípios da Região Metropolitana de Campinas, além das cidades de Salto, Itu e Elias Fausto, no interior paulista. A expansão foi veloz e chegou ao estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Acre, Alagoas, Pernambuco, Mato Grosso e ao Distrito Federal.
O principal destaque - e um dos motivos do rápido crescimento do 'Rede Azul' - é a possibilidade do usuário incluir informações sobre qualquer local ou profissional que seja "amigável" a quem tem autismo. É possível cadastrar, por exemplo, médicos, cabeleireiros e advogados, além de sinalizar espaços com atendimento diferenciado, sem som ambiente em determinados horários do dia ou até iluminação reduzida.
Além de registrar a vivência, o usuário podem fazer uma avaliação. Tudo é checado por moderadores e o aplicativo calcula uma nota para cada indicação. O 'Rede Azul' tem 640 usuários ativos. A meta para o futuro é implementar selos físicos que serão fixados em estabelecimentos bem avaliados.
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