O Instituto Nacional de Nanismo (INN) está fazendo o primeiro levantamento nacional sobre pessoas com essa condição no País. A entidade afirma que existem mais de 700 displasias ósseas identificadas pela ciência que podem levar à baixa estatura, mas não há dados sólidos a respeito dessa comunidade, que se tornou oficialmente parte das pessoas com deficiência somente em 2014.
"Esses dados precisam estar estruturados. Muitas vezes, nas ações de advocacy, a primeira pergunta feita é 'quantas pessoas com nanismo temos no Brasil ou em um determinado Estado?' Sem respostas, as ações são ineficazes e a luta é enfraquecida. Essas pessoas ficam cada vez mais invisíveis dentro da estrutura de serviço público", diz Juliana Yamin, presidente do INN.
A primeira etapa é o preenchimento de um questionário simples no link http://app.associatec.com.br/AreaAssociados/INN para identificar pessoas com nanismo ou responsáveis.
Na sequência, um formulário ampliado será aplicado de maneira individual pelo INN. Kézia Castro, consultora de serviço social, e Gheovana Leandro, psicóloga, farão contato por telefone ou WhatsApp com cada pessoa cadastrada.
"O preenchimento desse questionário é um caminho para o cadastro formal. Os dados auxiliam na segurança dos direitos, bem como na luta por políticas públicas enquanto a avaliação e cadastro previstos na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) não são implementados pelos governos municipais, estaduais e federal de forma efetiva", explica Kézia Castro.
Reatech - O Instituto Nacional de Nanismo é parceiro da Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech). Haverá um estande do INN no evento para receber e apoiar pessoas interessadas em fazer o cadastro.
A Reatech ocorre entre 4 e 7 de outubro na São Paulo Expo, que fica na Rodovia dos Imigrantes, 1,5 km, Vila Água Funda, São Paulo/SP. Mais informações na página https://reatechbrasil.com.br.
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