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Diversidade e Inclusão

Pessoas com deficiência estão em porões na Ucrânia, sem água, comida e remédios

Em relato exclusivo ao blog Vencer Limites, cidadã ucraniana afirma que soldados russos atiram em civis que tentam fugir.

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Foto do author Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

Não há recursos de acessibilidade para resgatar pessoas com deficiência na Ucrânia. Foto: Ukrayinska Pravda.


Pessoas com deficiência permanecem aprisionadas em porões de prédios residenciais, instituições filantrópicas, internatos e hospitais da Ucrânia, sem água, comida e remédios, e sem qualquer chance de fuga.

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A informação foi confirmada com exclusividade ao blog Vencer Limites pela cidadã ucraniana Victoria Stasiv, que está em Lviv.

Segundo Victoria, está prevista para esta quinta-feira, 10, uma evacuação Bucha, município da região (oblast) da capital Kiev, onde ainda há muitos idosos e pessoas doentes, mas os civis têm medo de sair dos abrigos.

"Foi muito difícil para os jovens deixarem Bucha porque as pessoas que estavam correndo foram baleadas por soldados russos no caminho", diz Victoria.

"Então, o que dizer das pessoas com deficiência, que permanecem há dias no subsolo, sem comida, água e remédios?", comenta.

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Victoria contou que pessoas com deficiência auditiva também estão trancadas e, como os sinais de alerta para fugir são somente sonoros, não são informadas e perdem a oportunidade de escapar.


 Foto: Ukrayinska Pravda.


Ela também descreveu a situação no lar para idosos 'Vida Confortável' (?????????? ?????) em Bucha. "Não há comida e faz muito frio. Estão sem luz há 12 dias, até a conexão à internet para enviar uma mensagem é precária", diz.

O local presta cuidados profissionais para idosos com deficiência visual, doença de Alzheimer, demência, doença de Parkinson, sequelas de AVCs e outras condições, além de prover tratamento e reabilitação.

"É muito difícil resgatar idosos, são necessários quatros jovens. E os soldados russos disparam constantemente", relata Victoria. "Então, eles pedem ao menos por comida e água. Bucha está sempre sob ataque, é muito difícil para qualquer um sair", afirma.

Victoria Stasiv está em Lviv, segundo ela, a cidade mais segura da Ucrânia neste momento. "Por isso, tenho condições de trabalhar por outras pessoas", diz.

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 Foto: Ukrayinska Pravda.


 Foto: Ukrayinska Pravda.


 Foto: Ukrayinska Pravda.


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