Vídeos mostram avanço da lama após rompimento de barragem; mortos chegam a 115
Imagens de câmera de segurança capturaram formação de paredão de poeira e onda de rejeito de minério de ferro
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Por Redação
SÃO PAULO - Imagens de câmeras de segurança que estavam próximas à barragem da mina Córrego do Feijão, da Vale, que se rompeu em Brumadinho na sexta-feira, 25, mostram o momento em que a lama começa a se espalhar. As imagens foram obtidas e divulgadas pelas TVs Globo e Bandeirantes. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e a Defesa Civil informaram nesta sexta-feira, 1º, que a Vale já havia fornecido as imagens às autoridades no dia seguinte à tragédia.
Veja abaixo:
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O número de mortos confirmados na tragédia chega a 115 e 248 pessoas seguem desaparecidas, segundo informaram as autoridades de Minas Gerais nesta sexta. Já foram identificadas 71 vítimas fatais e outras 19 estão pré-identificadas, aguardando apenas conferência do Instituto Médico Legal (IML), segundo a Polícia Civil.
No início do segundo vídeo, é possível ver a formação de um paredão de poeira e, em seguida, uma onda de lama avançando. Veículos que estavam na área tentam fugir do local, que é totalmente tomado pelo rejeito de minério de ferro. O desastre ocorreu às 12h29, segundo o horário exibido nas imagens.
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O material atingiu a área administrativa da empresa, a comunidade da Vila Ferteco e a pousada Nova Estância. O rompimento ocorreu na Barragem 1, que foi construída em 1976, com volume de quase 13 milhões de m³. Segundo a Vale, a barragem tinha encerrado as atividades havia cerca de três anos.
No dia do desastre, o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman, disse que os funcionários seriam os mais afetados. Ele informou que cerca de 300 funcionários estavam no prédio administrativo e no restaurante da empresa, mas que 100 já tinham feito contato.
Nesta sexta, a corporação prestou uma homenagem às vítimas. O helicóptero Arcanjo lançouflores doadas pela população sobre a região do desastre.
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Contaminação do Rio Paraopeba
Análises foram feitas nas águas do Rio Paraopeba com amostras coletadas entre os dias 25 (quando o acidente ocorreu) e 29. Foram encontrados valores até 21 vezes acima do aceitável de chumbo total e mercúrio total. Também foi constatada a presença de níquel, chumbo, cádmio e zinco, no dia 26, em um dos pontos de monitoramento. Diante dessa situação, o governo de Minas Gerais desaconselha o uso da água para qualquer finalidade até que a situação esteja normalizada.
Veja imagens das buscas às vítimas da tragédia de Brumadinho
1 / 27Veja imagens das buscas às vítimas da tragédia de Brumadinho
Brumadinho
Vista aérea da região atingida pelo rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, no final da tarde desta quarta-feira. Foto: Adriano Machado/Reuters
Brumadinho
Helicóptero sobrevoa área onde via férrea foi derrubada pela lama. Foto: Washington Alves/Reuters
Brumadinho
Lama cobriu edificações inteiras próximas à barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho. Foto: Corpo de Bombeiros de MG/Divulgação
Brumadinho
Cães farejadores trabalham com os Bombeiros à procura de vítimas da tragédia. Foto: Corpo de Bombeiros de MG/Divulgação
Brumadinho
Cães farejadores prestam importante auxílio na busca de vítimas fatais na lama e escombros de edificações após tragédia. Foto: Yuri Edmundo/EFE
Brumadinho
Equipe dos Bombeiros e Defesa Civil conta com mais de 300 agentes em Brumadinho. Grupos se revezam com tropas enviadas por outros Estados. Foto: Wilton Junior/Estadão
Brumadinho
Helicópteros dos Bombeiros e Polícias Militar, Civil e Rodoviária fazem várias viagens ao dia para visualizar área e transportar corpos encontrados. Foto: Wilton Junior/Estadão
Brumadinho
Barragem da Vale era considerada de baixo risco. Foto: Corpo de Bombeiros de MG/Divulgação
Brumadinho
Cerca de 100 indígenas que habitam a aldeia de Naô Xohã estão preocupados com a contaminação do rio Paraopeba pelos rejeitos da barragem da Vale. Foto: Funai/Divulgação/via EFE
Brumadinho
Escombros de casas e máquinas são encontrados no local da tragédia. Foto: Corpo de Bombeiros de MG/Divulgação
Buscas em Brumadinho
Esta quarta-feira, 30, foi o sexto dia de buscas em Brumadinho. Foto: Wilton Junior/Estadão
Protesto na sede da Vale
Manifestantes picharam sede da Vale em protesto após tragédia. Foto: Silvia Izquierdo/AP
Fábio Schvartsman, presidente da Vale
Fábio Schvartsman, presidente da Vale. Foto: REUTERS/Pilar Olivares
Brumadinho
Voluntários da Cruz Vermelha auxiliam equipes de buscas em Brumadinho. Foto: Wilton Junior/Estadão
Buscas em Brumadinho
Bombeiro trabalha no local da tragédia em Brumadinho. Foto: Douglas Magno/AFP
Buscas em Brumadinho
Helicóptero é usado para retirada de corpos da lama movediça. Foto: Wilton Junior/Estadão
Brumadinho
Bombeiros e pessoas que tiveram contato com a lama serão submetidas a exames periódicos Foto: Corpo de Bombeiros de MG/Divulgação
Brumadinho
Ponte da via férrea sobre o rio Paraopeba foi destruída pela força da lama com o rompimento da barragem. Foto: Wilton Junior/Estadão
Buscas em Brumadinho
Voluntários da Cruz Vermelha, alguns deles espanhois,trabalham com cães farejadoresnas buscas pelas vítimas da tragédia em Brumadinho. Foto: Wilton Junior/Estadão
Brumadinho
Imagem feita por drone durante enterroregistra várias covas abertas à espera de mais vítimas do desastre. Foto: Antonio Lacerda/EFE
Protesto na sede da Vale, no Rio
Na segunda-feira, manifestantes se cobriram de lama para protestar em frente à sede da Vale, no Rio. Foto: Silvia Izquierdo/AP
Buscas em Brumadinho
Chefe da delegação israelense no Brasil, Coronel Golan Vach, trabalha junto à equipe brasileira nas buscas. Foto: Wilton Junior/Estadão
Brumadinho
PM reforçou a segurança em Brumadinho e na área rural para evitar saques a residências. Foto: Wilton Junior/Estadão
Brumadinho
Cartaz na entrada da cidade pede orações às vítimas da tragédia. Foto: Mauro Pimentel/AFP
Buscas em Brumadinho
Vaca é domada para ser resgatada da lama movediça com auxílio de helicóptero. Foto: Washington Alves/Reuters
Buscas em Brumadinho
Uma vaca é retirada viva com auxílio de rede puxada por um helicóptero no local da tragédia. Foto: Washington Alves/Reuters
Buscas em Brumadinho
Mulher coberta por lama protesta em frente à sede da Vale, no Rio, na segunda-feira. Foto: Silvia Izquierdo/AP