Vila Olímpica fica fechada à espera de Lula

Inauguração é adiada. Enquanto isso, atletas têm de mudar local de treino

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Bárbara Leôncio, a garota-propaganda da campanha do Rio para organizar a Olimpíada de 2016, assim como outros jovens do instituto Lançar-se Para o Futuro, terá de utilizar outra pista de atletismo nos próximos dias. O motivo: a Vila Olímpica de Mato Alto, em Jacarepaguá (zona oeste), onde eles treinavam enquanto as obras transcorriam, estará fechada à espera de um espaço na agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para inaugurá-la. De acordo com a Secretaria Municipal de Obras do Rio, o local seria aberto na segunda-feira. Mas, como o presidente não poderá comparecer, a cerimônia foi adiada para o fim de janeiro ou início de fevereiro. Até lá, a vila não vai estar pronta - o ginásio poliesportivo só deve ser finalizado em março.Enquanto isso, Bárbara e mais três atletas vivem situação complicada. Passaram boa parte desta semana sem treinar. O problema é que, na sexta-feira e no sábado, eles disputam em Bragança Paulista (interior de São Paulo) a única seletiva para os Jogos Sul-Americanos . Ou seja, a preparação está prejudicada.O jeito, então, é se virar em meio a tanta barreiras. A solução será seguir de ônibus até o Estádio Célio de Barros, no Complexo do Maracanã, para retomar o ritmo. O problema é o desgaste. Eles costumam perder duas horas na ida e duas horas na volta da atividade no Célio de Barros. "Ficar sem treinar é ruim, extremamente prejudicial", disse o técnico Paulo Servo, do instituto. Com investimento público de R$ 7,1 milhões, a Vila Olímpica já vai nascer deficiente: embora ofereça vários equipamentos, não há sala de musculação, considerada fundamental para o atleta ganhar força muscular e resistência física. "Não há nenhum projeto para montar academia em vila olímpica", afirmou o secretário municipal de Esportes do Rio, Chiquinho da Mangueira.

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