Agência Espacial Europeia lançará telescópio para desvendar dois enigmas do Universo; saiba quais

Satélite de duas toneladas sairá de Cabo Canaveral, no EUA, em 1º de julho e projetará mapa tridimensional que abrangerá 2 bilhões de galáxias

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Por Redação
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O telescópio espacial europeu Euclid será lançado em 1º de julho, dos Estados Unidos, para tentar desvendar dois grandes enigmas do Universo, a matéria e a energia escuras, anunciou, nesta quarta-feira, 21, a Agência Espacial Europeia (ESA). O satélite, que sairá de Cabo Canaveral, na Flórida, será levado por um foguete Falcon 9, da empresa americana SpaceX.

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Concebido pela Thales Alenia Space, o satélite de duas toneladas, 4,7 metros de altura e 3,5 de comprimento, será posicionado perto do telescópio espacial James-Webb, da Nasa, a 1,5 milhões de quilômetros da Terra.

Do chamado ponto de Lagrange 2, o Euclid - nome em homenagem ao pai da geometria, o grego Euclides - projetará um mapa tridimensional do Universo, que abrangerá 2 bilhões de galáxias, cobrindo um terço da abóbada celeste e retrocedendo no tempo até 10 bilhões de anos atrás.

Projeção do telescópio Euclid no espaço. A espaçonave é branca e dourada e consiste em três elementos principais: um protetor solar plano, um grande cilindro por onde a luz entrará e um fundo 'quadrado' contendo os instrumentos. Foto: ESA/Euclid Consortium

Esta inédita cartografia visa reconstruir a história do Universo “por parcelas do tempo”, explicou o astrofísico Yannick Mellier, do consórcio Euclid. A ideia é entender melhor a matéria escura e a energia escura, que constituem 95% do Universo, mas cuja natureza é completamente desconhecida. Ambas são invisíveis e, até o momento, puramente teóricas, mas os cientistas precisam desses componentes para compreender o cosmos.

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A hipótese é de que a matéria escura atuaria como um cimento dentro das galáxias, o que explicaria o motivo de não se dispersarem em nuvens de estrelas. Já energia escura é necessária para explicar a expansão acelerada do Universo. Com essa missão, os astrônomos esperam conhecer mais sobre como ambas atuam e evoluem com o tempo. / AFP

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