Qualquer pessoa poderá se juntar à espaçonave Orion em sua primeira jornada ao redor da Lua – virtualmente, usando o Artemis Real-time Orbit Website (Arow), que será disponibilizado pela agência espacial americana, a Nasa, a partir do dia 28 de agosto. A missão poderá ser acompanhada em tempo real no site da Nasa e na conta do Twitter @NASA_Orion.
Para o programa Artemis I, a Orion viajará mais de 64 mil quilômetros no primeiro teste de voo integrado com o foguete Space Launch System (SLS). Usando o Arow, quem tiver acesso à internet poderá identificar onde a Orion está e acompanhar informações como sua posição, distância da Terra, distância da Lua e duração da missão.
A plataforma visualiza os dados coletados por sensores da nave e enviados ao Centro de Controle da Missão no Centro Espacial Johnson da Nasa, em Houston, durante seu voo. As informações começarão a ser repassadas cerca de um minuto após a separação do estágio interino de propulsão criogênica (que impulsiona a Orion em direção à Lua) do foguete SLS, aproximadamente duas horas após o voo.
“Esta é uma maneira realmente poderosa de se envolver com a missão e entender o escopo do que a Nasa está tentando realizar com Artemis I”, disse Seth Lambert, programador da Orion que criou o Arow. Na web, os usuários podem visualizar os principais marcos da missão – como velocidade, temperatura, distância e tempo de viagem – e características da Lua, incluindo informações sobre locais de pouso do programa Apollo. Também estarão disponíveis para download os dados de trajetória do voo, chamados de efemérides.
A ferramenta também fornecerá um conjunto de vetores de estado de Orion (dados que descrevem precisamente onde ela está localizado no espaço e como se move), que podem ser usados por profissionais de dados, artistas e criativos para criar seu próprio aplicativo de rastreamento ou visualização de dados.
“Saber o que a espaçonave está fazendo durante a missão já é legal, mas agora que os dados da Orion podem ser visualizados de todas essas maneiras diferentes, será interessante ver quais projetos criativos outros criarão”, disse Richard Garodnick, engenheiro da equipe de engenharia e desenvolvimento de sistemas do centro de controle de missão do centro espacial.
Embora tenha sido desenvolvida para uso nas missões do programa Artemis, a tecnologia por trás do Arow pode ser aplicada a outras missões no futuro.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.