E por hoje é só, pessoal!

Nos 13 meses -- mais ou menos -- em que mantenho este blog, vim me esforçando em deixar o teor de autobiografia o mais baixo possível. Essa é uma regra que vou suspender agora. Por um bom motivo, já que está é uma postagem especial. A última.

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Por Redação
Atualização:

Depois de 14 anos e alguns meses, o Grupo Estado e eu finalmente estamos nos separando. É possível -- meramente possível -- que, nestes 14 anos, eu tenha me tornado o jornalista da imprensa brasileira com mais tempo de atuação contínua na internet.

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Comecei nas Olimpíadas de 1996, passei pelo pouso do Sojourner em Marte e pela derrota do campeão mundial de xadrez por um computador em 1997, e não parei desde então. Ou melhor, não tinha parado até agora.

Mas, como diz Colin Farrell em Miami Vice: "The odds catch up. Probability is like gravity". "As probabilidades nos alcançam. Probabilidade é como gravidade". Numa indústria como a jornalística, 14 anos no mesmo grupo, na mesma mídia, é uma anomalia estatística. E a gravidade é a gravidade.

Outro dia, olhei em volta e vi que todos os outros veteranos do serviço online tinham pelo menos quatro anos de casa a menos que eu. Ainda me lembro de uma reunião, em 1998, da qual participaram diretores -- nenhum deles está mais no grupo -- e onde a então redação online foi informada de que a internet tinha mesmo vindo para ficar.

(Atéentão, havia a dúvida de se a rede aberta não seria apenas fogo de palha, uma coisa só para iniciados e sem viabilidade comercial, um novo videotexto.)

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Os 13 meses de duração deste blog estiveram entre os mais agitados de minha vida: nesse meio tempo fui ao sul do Chile e à Antártida, voltei da Antátida (e do sul do Chile), publiquei dois romances, entrevistei três ganhadores do Prêmio Nobel e cobri -- da Terra, infelizmente -- o voo final de um ônibus espacial, o Endeavour.

A quem acompanhou o blog até aqui, meu muito obrigado. É possível que eu comece um novo blog em algum outro lugar; se acontecer, aviso no Twitter: @carlosom71.

 Foto: Estadão
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