Chuva de estrelas cadentes terá seu pico nesta madrugada; saiba a melhor hora e como ver do Brasil

Fenômeno é resultado da passagem do planeta Terra pela região do espaço onde estão os detritos deixados por um cometa; no País, taxa de meteoros pode chegar a 40 por hora

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Foto do author Giovanna Castro
Atualização:

Na madrugada deste domingo, 13, ocorrerá o pico da chuva de meteoros Perseidas neste ano. O fenômeno é resultado da passagem do planeta Terra pela região do Sistema Solar onde estão os detritos deixados por um cometa chamado 109P/Swift-Tuttle, o que acontece uma vez ao ano. As informações são do Observatório Nacional, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil.

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A Perseidas é uma das chuvas de meteoros mais populares. Isso porque fica ativa durante os meses de verão no Hemisfério Norte, quando e onde as condições climáticas são mais favoráveis para a observação.

No pico da chuva, que deve acontecer entre o final da madrugada e o início da manhã deste domingo, os observadores do Hemisfério Norte poderão esperar ver de 50 a 75 meteoros por hora, nas condições ideais. Já no Brasil, a taxa máxima de meteoros por hora é 40.

De acordo com o Observatório Nacional, o evento é mais visível aos observadores do Hemisfério Norte por conta da posição do radiante de Perseidas, que é visto na constelação de Perseu, em direção mais ao norte do ponto de vista da Terra. “O radiante é um ponto no céu de onde os meteoros parecem surgir”, aponta o órgão.

No Hemisfério Sul, a observação fica um pouco limitada, mas ainda será possível perceber a passagem dos detritos, em especial na região mais próxima do Equador, como no Norte e no Nordeste do Brasil.

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Fenômeno Perseidas poderá ser observado na madrugada deste domingo, 13. No Brasil, poderá ser visualizado principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Foto: Pedro Puentes Hoyos/EFE

“Quanto mais baixo está o radiante no céu, menor o fluxo de meteoros observado. E como as Perseidas estão baixas no horizonte, aqui no hemisfério sul, só será possível observar uma parte dos meteoros, cerca de um quinto ou um terço dessa região total que está irradiando”, diz o astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional.

“Devido ao fato de a Terra girar ao redor do sol em 365 1/4 dias, o momento de máxima atividade de cada chuva avança seis horas a cada ano. É por isso que o horário de máxima atividade avança de um ano para o outro”, explica De Cicco. Anos atrás, o pico da Perseidas acontecia no início da madrugada.

“A maioria dos meteoros Perseidas são fracos, mas a fase da Lua no pico da atividade favorecerá a visualização dos meteoros. A Lua estará em fase crescente e não interferirá na observação como ocorreu no ano passado”, diz o Observatório Nacional.

Como assistir à chuva de meteoros no Brasil?

Para observar as chuvas de meteoros, é importante estar em um local com baixa poluição luminosa e poucas nuvens. Por isso, áreas com “céu limpo” e sem tanta iluminação artificial, longe de grandes cidades, são mais favoráveis.

O melhor horário para presenciar o fenômeno será entre 03h30 e o amanhecer do domingo. Neste período, a Região Norte, considerada a melhor do país para observar essa chuva, terá taxas máximas de meteoros por hora será entre 25 e 40.

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No Nordeste, as taxas máximas de meteoros por hora caem para entre 15 e 30. Já no Centro-Oeste, estima-se que serão vistos entre 8 e 20 meteoros por hora e, no Sudeste, entre 5 e 10. A região Sul será a menos favorecida, com taxas esperadas menores que 5 meteoros por hora.

O que são chuvas de meteoros?

As chuvas de meteoros são formadas pela entrada de detritos de cometas – pequenos corpos celestes formados por gelo e poeira que orbitam um sol – na atmosfera terrestre.

O fenômeno, também conhecidos como “estrelas cadentes”, se dá quando a rocha espacial cai em direção à Terra e a resistência do ar causa uma ablação (processo de erosão) no meteoroide, formando um “rastro” brilhante.

O 109P/Swift-Tuttle, especificamente, dá uma volta em torno do nosso Sol a cada 133 anos e entrou pela última vez na parte interna do Sistema Solar em 1992, quando deixou os detritos que poderão ser vistos caindo em direção à Terra nesta madrugada.

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