A chuva de meteoros Geminídeas foi vista na noite da última sexta-feira, 13, para sábado, 14, de diversas localidades, incluindo regiões do Nordeste do Brasil. O evento celeste foi acompanhado por integrantes da Associação Astronômica de Arcoverde, em registro feito no Sertão de Pernambuco.
Uma chuva de meteoros diferente
De acordo com a Associação Astronômica de Arcoverde, enquanto a maioria das chuvas de meteoros é gerada por detritos da passagem de cometas, no caso da Geminídeas elas são formadas por resíduos do asteroide denominado “Faetonte”, que é uma rocha espacial que tem características e o comportamento de um cometa.
As Geminídeas ocorrem anualmente entre os dias 2 e 21 de dezembro, mas neste ano atingiu o seu pico na noite de quinta-feira, 12, para sexta-feira, e também de sexta para sábado, 14.
A chuva, que é reconhecida como a mais intensa do ano, deve seu nome à constelação de Gêmeos, onde está seu radiante. O radiante é o ponto no céu de onde os meteoros parecem surgir, de acordo com o observatório.
Segundo o astrônomo Marcelo de Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional, as Geminídeas são conhecidas por sua luminosidade, intensidade, cores intensas e principalmente pela produção de bólidos (ou fireballs). No entanto, a velocidade dos meteoros, de cerca de 35 quilômetros por segundo, não favorece a formação de rastros persistentes.
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