O cometa Nishimura, descoberto há menos de um mês, está se dirigindo em direção ao Sol e brilhará ao máximo já nos próximos dias, algo que não ocorre há 437 anos. No dia 12 de setembro, por exemplo, ele deve estar a 125 milhões de quilômetros da Terra. Cinco dias depois, chegará ao seu ponto mais próximo do Sol: 33 milhões de quilômetros de distância, mais perto do que Mercúrio, que fica a 57 milhões de quilômetros.
À medida que o cometa avança em direção ao Sol, ele fica mais brilhante e, possivelmente, visível com o uso de binóculos ou até mesmo a olho nu.
O problema é que, como o cometa também estará em um ângulo próximo ao Sol, só será possível vê-lo nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde. Outra questão é que o cometa chegará tão perto do Sol que o seu núcleo poderá quebrar-se.
Esse pequeno corpo rochoso e gelado, cujo tamanho exato ainda não é conhecido, recebeu o nome de um astrônomo amador japonês, Hideo Nishimura, que o avistou pela primeira vez em 11 de agosto.
Quando os cometas (corpos celestes das regiões frias do sistema solar) se aproximam da Terra, o gelo em seu núcleo libera uma longa trilha de poeira que reflete a luz do Sol. É essa cauda brilhante que pode ser observada. O “C/2023 P1″, nome científico do Nishimura, possui uma cauda de cor verde, pois contém mais gás do que poeira. / Com informações das agências AFP e AP
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