Tempestades solares, resultado de erupções do Sol, podem causar fracas luzes do norte nas extremidades do norte dos Estados Unidos neste final de semana. Meteorologistas monitoram possíveis interrupções no fornecimento de energia e comunicações, enquanto o campo magnético do Sol atinge o auge de seu ciclo de 11 anos.
O Sol emitiu duas fortes explosões (flare) nesta semana, incluindo uma na quinta-feira, 3, que foi a maior desde 2017. Segundo a agência especial americana, a Nasa, ela foi classificada como um flare X9.0 - a classe que denota os flares mais intensos.
As tempestades desta semana apresentaram menos ejeções de plasma de alta energia que podem gerar o espetáculo de luzes, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA).
Auroras pálidas podem ser visíveis até o sul de Dakota do Sul, Iowa e Nova York. As tempestades ainda podem se intensificar ou enfraquecer durante o final de semana. “Ainda há um certo grau de incerteza”, disse Erica Grow Cei, porta-voz da NOAA, na sexta-feira, 4.
Embora o termo “tempestade solar” pareça remeter a algo catastrófico - e lembre tramas cinematográficas -, essas perturbações são mais comuns do que as pessoas imaginam, e, ao longo do tempo, dificilmente causaram problemas tão assustadores. Em 2024, o Sol passa por um pico de atividade, o que ocorre, regularmente, a cada 11 anos. Isso não significa que as tempestades sejam mais intensas, e sim que podem ocorrer com maior frequência.
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Na Terra, o efeito mais visível são as auroras boreais (fenômeno que provoca a mudança da cor do céu), e o que mais preocupa são as interferências em tecnologias que estamos acostumados a usar, como GPS e internet, que dependem de satélites, que são os principais afetados. É possível que atinjam linhas de transmissão de energia elétrica, com blackouts, mesmo que historicamente isso tenha ocorrido poucas vezes, além de causar efeitos na saúde de astronautas e viajantes transpolares.
Tempestades solares incomumente fortes em maio produziram exibições impressionantes de auroras no Hemisfério Norte./COM AP
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