A Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) divulgou nesta semana uma nova animação que permite dimensionar os dez maiores buracos negros até então conhecidos pelo ser humano. Partindo do Sistema Solar, o vídeo mostra o tamanho desses objetos espaciais em relação ao Sol e algumas órbitas de planetas.
Segundo a Nasa, os dez buracos têm de 100 mil a 66 bilhões de vezes a massa do Sol e estão localizados em diversas galáxias – alguns dentro e outros fora da Via Láctea, galáxia da qual a Terra faz parte. Além disso, seus campos gravitacionais podem provocar “sombras” duas vezes maiores que o seu próprio tamanho.
Tratam-se de regiões espaciais que funcionam como abismos cósmicos, engolindo tudo o que se aproxima deles. Por terem um campo gravitacional extremamente forte, atraem até mesmo partículas eletromagnéticas minúsculas, como a luz – por isso são “negros”, escuros.
O primeiro buraco negro mostrado na animação faz parte da galáxia anã 1601+3113 e tem a massa de 100.000 sóis. Já o Sagitário A* (pronuncia-se a-estrela), que fica no centro da Via Láctea, tem o tamanho de 4,3 milhões de sóis e uma sombra equivalente a metade da órbita de Mercúrio.
A galáxia NGC 7727 tem dois buracos negros, um localizado a cerca de 1.600 anos-luz do outro. Eles pesam o equivalente a 6 e 150 milhões de sóis, respectivamente, e devem se fundir nos próximos 250 milhões de anos, segundo os astrônomos da Nasa.
Subindo consideravelmente de nível, o buraco negro da galáxia M87 tem 5,4 bilhões de vezes a massa do Sol. Isso corresponde a uma região tão grande que um raio de luz levaria cerca de dois dias e meio para atravessar o seu campo magnético, mesmo viajando a 1 bilhão de quilômetros por hora.
Por fim, o buraco negro TON 618 tem cerca de 66 bilhões de vezes a massa solar e um campo magnético que um feixe de luz levaria semanas para atravessar. É o maior e mais distante buraco negro que os astrônomos já conseguiram encontrar e medir.
Confira o vídeo:
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.