O brasileiro Patryk Sofia Lykawka pode ser um dos responsáveis pela descoberta de um novo planeta no sistema solar. O astrônomo, professor da Universidade Kindai, no Japão, é autor de um estudo publicado na revista The Astronomical Journal que descreve a possibilidade de um novo planeta na região chamada de Cinturão de Kuiper.
A pesquisa também é assinada por Takashi Ito, do Observatório Astronômico Nacional do Japão, e considera “a existência de um planeta similar à Terra e alguns outros objetos transnetúnicos (objetos que orbitam o sol em distância superior à de Netuno) em órbitas peculiares nos limites do Sistema Solar”.
O planeta não foi avistado, mas a hipótese de existência desse novo corpo celeste foi levantada justamente a partir da análise das órbitas e propriedades desses objetos. Segundo o estudo, a massa deste planeta seria de 1,5 a 3 vezes maior que a da Terra. Um tamanho muito superior ao dos planetas que habitam a região.
O local onde o planeta estaria, o Cinturão de Kuiper, é uma área localizada a cerca de 30 unidades astronômicas depois de Netuno, o último planeta do sistema solar, cada uma dessas unidades tem cerca de 150 milhões de quilômetros. Esta região concentra asteroides, rochas geladas e planetas anões, entre eles, Plutão.
A pesquisa ainda irá seguir para realizar novas simulações em busca de resultados mais aprimorados. Uma vez que, para comprovar a existência do planeta, os pesquisadores terão de encontrá-lo.
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Segundo o brasileiro, os resultados já obtidos com o estudo impactam diretamente a comunidade científica. “O Sistema Solar oficialmente teria nove planetas novamente”, disse ele em entrevista à Universidade do Vale do Rio Sinos, instituição onde se graduou. O papel do novo integrante do sistema já foi de Plutão, reclassificado como “planeta-anão” há 18 anos.
“Além disso, assim como ocorreu em 2006 com a reclassificação de Plutão, precisaríamos aprimorar a definição de ‘planeta’, já que um planeta massivo localizado muito além de Netuno provavelmente pertenceria a uma nova classe”, explicou o cientista. “Por fim, nossas teorias do sistema solar e da formação de planetas também precisam ser revistas.”
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