Concebido pelo sueco Alfred Nobel, o Prêmio Nobel é destinado àqueles “que durante o ano anterior à premiação tenham conferido o maior benefício à Humanidade” nas categorias de Medicina, Química, Física, Literatura, Paz e, mais recentemente, Economia. Os vencedores deste ano serão anunciados a partir desta segunda-feira, 2.
Além da medalha e do diploma, cada laureado leva para casa uma quantia substancial em dinheiro, 11 milhões de coroas suecas (algo em torno de US$ 986 mil dólares ou R$ 4,8 milhões).
Allfred Nobel foi um químico, inventor e filantropo sueco que viveu no século XIX. Ele fez várias contribuições importantes para a ciência, tendo, nada menos, que 355 patentes. A invenção mais importante de Nobel, que o transformou em um industrial bilionário, foi a dinamite. Ele chegou a ter dezenas de fábricas de dinamite na Europa e nos Estados Unidos, acumulando sua fortuna.
Em 1895, um ano antes de morrer, Nobel assinou seu testamento, deixando grande parte de sua fortuna para a criação de uma série de prêmios, em física, química, fisiologia ou medicina, literatura e paz, que batizou de Prêmio Nobel.
O prêmio de Economia só foi criado em 1968, pelo banco central sueco, em memória de Alfred Nobel.
O testamento de Nobel também indicava quais instituições científicas seriam responsáveis pela escolha dos premiados: a Real Academia Sueca de Ciências para os prêmios de Química, Física e Economia; o Instituto Karolinska para o prêmio de Medicina; a Academia Sueca para o de Literatura; além de um comitê de cinco pessoas eleitas pelo parlamento norueguês para o prêmio da Paz. Os próprios afiliados dessas instituições indicam os candidatos.
Os prêmios podem ser compartilhados por, no máximo, três pessoas, e não podem ser conferidos a pessoas que já morreram.
Os prêmios começaram a ser concedidos em 1901. Desde então, já foram entregues 615 prêmios para 989 pessoas ou organizações. Como alguns deles já receberam o Nobel mais de uma vez, um total de 954 indivíduos e 27 organizações foram laureados.
Somente cinco pessoas receberam o prêmio duas vezes: Marie Curie (de Física, em 1903, e de Química, em 1911), Linus Pauling (de Química, em 1954, e da Paz, em 1962), John Bardeen (de Física, em 1956 e em 1972), Frederik Sanger (de Química, em 1958 e 1980) e Barry Sharpless (de Química, em 2001 e 2022).
Nos últimos anos, o prêmio vem recebendo críticas pela falta de inclusão de gênero e raça. Dos 954 indivíduos laureados em mais de um século, apenas 60 eram mulheres e somente 17 eram negros, caso do ex-presidente dos EUA Barak Obama; do ex-presidente da África do Sul, Nélson Mandela, e do ativista pelos direitos civis Martin Luther King.
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