Na sexta-feira, 29, a Lua vai estar mais brilhante no céu. Não como aconteceu duas vezes em agosto, quando houve Superlua nos dias 1º e 30, mas quase.
Como não há um conceito oficial de Superlua, alguns astrônomos chamam dessa forma a Lua da próxima sexta-feira – nesse caso, seria a última do ano. Outros, mais rígidos, consideram que a última Superlua do ano já ocorreu, em 30 de agosto.
A Lua demora 27,3 dias para dar uma volta inteira na Terra, segundo a Nasa, a agência aeroespacial americana. Ao longo desse período se sucedem as fases, cada uma com aproximadamente sete dias: nova, crescente, cheia e minguante.
A trajetória percorrida pela Lua não é um círculo exato, mas uma elipse – espécie de círculo achatado. Por isso, a distância entre a Lua e a Terra varia ao longo do trajeto, e varia também a cada volta dada. O ponto mais próximo que a Lua chega da Terra em cada volta é chamado perigeu. Em média, nesse momento a Lua fica a 362 mil quilômetros do planeta. Já o ponto mais distante que a Lua fica da Terra, a cada volta, é chamado apogeu. Em média, nesse momento o satélite natural está a 405 mil quilômetros da Terra.
Em 1979, o nome “Superlua” foi adotado pelo astrólogo norte-americano Richard Nolle para designar uma Lua nova ou cheia que ocorre quando a Lua chega à sua maior proximidade da Terra ou está próxima (pelo menos 90%) desse ponto. Em agosto, a Lua estava na fase cheia quando chegou ao ponto mais próximo da Terra, em duas voltas diferentes. No dia 30, na “melhor” Superlua, ficou a 357.343 quilômetros.
Desta vez, a Lua vai chegar ao ponto mais próximo da Terra nesta quarta-feira, 27, quando ficará a 361.552 quilômetros do planeta. Mas por enquanto a Lua é crescente, o que não caracteriza a Superlua. A Lua cheia só começa na sexta-feira, quando ela deve surgir no céu às 18h37 – e então já estará mais distante da Terra, mas ainda assim muitos chamam de Superlua.
Nomenclaturas à parte, será possível observar o satélite em noite de brilho e beleza especiais. Para isso, é importante estar em lugares com céu aberto, sem nuvens e, quanto mais alto for, melhor.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.
