
Vik Muniz sempre explorou a relação entre imagem e materialidade. Na meca do luxo do grupo francês LVMH, o hotel Cheval Blanc, em Paris, duas de suas obras comissionadas, a Tour Rouge, se integram ao espaço de forma natural, refletindo seu constante espírito de colaboração com o arquiteto do espaço, Peter Marino. “Tenho uma relação muito especial com o Peter, ele é um gênio”, afirma Muniz. “Ele nunca impõe uma marca, ele traduz o que o projeto pede.” Juntos, criam ambientes onde arte e arquitetura se complementam.
As colaborações no Brasil também estão no radar do artista. De passagem por São Paulo para lançar seu novo trabalho com cerâmica, Vik contou como foi a nova e desafiadora experiência. “Eu não quero simplesmente fazer um projeto que tenha a minha assinatura, eu quero entender o material, como ele funciona e quais suas possibilidades. A Portobello me abriu todas as possibilidades de inovação dessa categoria”, afirma.
“Sempre fui muito interessado por texturas. No meu trabalho, exploro as relações entre mente e matéria. A cerâmica, para mim, é uma maneira de levar essa ideia para um produto acessível e, ao mesmo tempo, durável. O cobogó e a luz que reflete, a cerâmica que tem textura de papel e os azulejos com as cores aquarela fazem parte dessa parceria”, completa.