Primeira mulher a assumir a presidência no Brasil da Comissão Europeia de Turismo, Caroline Putnoki enxerga o isolacionismo e resistência a latinos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como uma oportunidade para expandir o turismo de brasileiros ao continente. “O Brasil sempre oscila entre ir para os Estados Unidos ou para a Europa”, descreve a francesa em entrevista à coluna.
Caroline quer aproveitar esse timing para estimular o turismo “fora do óbvio” para destinos europeus não tão frequentados pelos brasileiros. Nos próximos meses, o órgão de turismo pretende lançar campanhas de comunicação com esse objetivo. Entre os roteiros desconhecidos vistos com potência estão a Ilha da Madeira e o arquipélago dos Açores, em Portugal, Castela e Leão, na Espanha, Vale da Dordogne e Bretanha, na França, e Berna e Vale Emmental, na Suíça.
Além da medida desafogar pontos turísticos lotados, como as capitais, a presidente no Brasil da Comissão Europeia de Turismo avalia que as rotas alternativas podem ser mais acessíveis em meio a alta do câmbio. “O viajante consegue ter uma experiência com custo benefício”, argumenta Caroline Putnoki.
Hoje, o Brasil é o sexto país que mais visita a Europa. São mais de 3,8 milhões de brasileiros que desembarcam no continente. Caroline diz que o interesse nos turistas do país vai além do fator econômico, mas também pelo comportamento educado e simpático. “O viajante brasileiro gasta bastante, ele tem um poder aquisitivo muito importante, com consumo diversificado, com compras, gastronomia, turismo, hospedagem, cultura, arte. Mas a psicologia do brasileiro também é muito agradável. Então, os países europeus sempre vão estar de braços abertos aos Brasil”, aponta.
