Aos 80 anos, Sebastião Salgado, o fotógrafo brasileiro cujas imagens em preto e branco capturaram a essência da condição humana e das maravilhas naturais do mundo, anunciou sua aposentadoria do trabalho de campo.
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Renomado por sua abordagem documental profunda, Salgado nos ofereceu visões únicas da vida, do trabalho e das batalhas contra adversidades ao redor do mundo. Seu legado, caracterizado por projetos de beleza e significado excepcionais, deixa uma marca na história da fotografia. Suas fotografias, exibidas internacionalmente, também estão presentes em diversos livros publicados pelo fotógrafo, enriquecendo ainda mais seu vasto e impressionante portfólio.
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Relembre assim algumas de suas fotos mais marcantes:
No projeto Trabalhadores (1993), o fotógrafo destaca a vida dos trabalhadores manuais ao redor do mundo. As imagens capturadas nas minas de ouro de Serra Pelada, por exemplo, oferecem uma visão crua e emocionante do esforço humano sob condições extremas.
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Já em Êxodos (1997), Salgado direciona sua lente para as migrações forçadas por conflitos, desastres e pobreza. As fotografias dos refugiados de Ruanda e dos moradores de favelas e campos de refugiados mostram a realidade de vidas deslocadas, evocando um senso de empatia e urgência para com as questões globais de deslocamento e desintegração social.
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No projeto Gênesis (2013), Salgado celebra a majestade da natureza intocada, das tribos remotas da Amazônia às paisagens geladas da Antártica.
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Imagens da travessia dos Nenets na Sibéria, integrantes do projeto Gênesis, revelam a magnífica odisséia deste povo nômade. Acompanhados por seus rebanhos de renas, eles percorrem vastidões geladas sob condições rigorosas, uma demonstração eloquente de resistência e tradição em meio ao extremo do Ártico.
Entre as muitas imagens icônicas de Salgado, a fotografia da mina de ouro de Serra Pelada ocupa um lugar especial. Capturando a essência do esforço coletivo em condições adversas, essa imagem simboliza a luta, a esperança e a resiliência humana.
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