FLORENÇA - A galeria italiana Uffizi abriu 14 novas salas dedicadas aos pintores dos séculos 16 e 17, após quase um ano de reformas realizadas com a ajuda de doadores privados.
Com mais de 1.100 metros quadrados, as salas vão abrigar 105 obras de artistas de Veneza e Florença, incluindo Ticiano e Tintoretto. As peças foram guardadas nos armazéns do museu e cerca de um terço delas não foram expostas ao público por vários anos.
“Todos esses grandes mestres estão de volta à vista, aqui na Uffizi, em salas novas e espaçosas, onde podemos ter muitos visitantes para admirá-los”, disse o diretor da Uffizi, Eike Schmidt.
“É como se um segundo novo museu tivesse sido aberto dentro da galeria”, acrescentou.
A Vênus de Urbino, de Ticiano, está pendurada em uma sala com duas outras pinturas e é uma das telas mais famosas a serem exibidas na nova seção da galeria de arte de Florença.
As cores dos cômodos renovados foram escolhidas para representar as obras que abrigam: o verde, inspirado pelas cortinas e tapeçarias das inúmeras pinturas venezianas da Renascença, e o cinza escuro da escola de Florença, que ecoa as pedras usadas para construir a famosa galeria em si.
Com grandes proporções, a pintura Madonna del Popolo, de Federico Barocci, foi colocada em um salão cujas paredes claras lembram a atmosfera de uma igreja. O espaço abriga uma coleção de retábulos da época da contra-reforma.
O custo total da renovação foi de cerca de 780 mil dólares. O valor inclui 100 mil dólares para o cômodo que abriga a Vênus de Urbino, doada pela associação sem fins lucrativos Friends of the Uffizi Galleries.
Uma integrante da associação chamada Trish Savides contribuiu com 15 mil dólares para a renovação da Sagrada Família, de Lorenzo Lotto.
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