O Instituto Moreira Salles (IMS) inaugura, em julho de 2017, um centro cultural na avenida Paulista que vai substituir sua atual sede, no bairro de Higienópolis. Projeto do escritório Andrade Morettin Arquitetos, o novo centro cultural terá sete pavimentos, todos com pé direito duplo, e áreas destinadas a exposições com 1.200 m², capazes de suportar o peso de três esculturas de Richard Serra (20 toneladas cada), segundo garantiu o arquiteto Marcelo Henneberg Morettin.
O diretor geral do Instituto Moreira Salles, Flávio Pinheiro, apresentou ontem a equipe de curadores e o diretor da unidade do IMS em São Paulo, o crítico e ensaísta Lorenzo Mammì. Pinheiro também anunciou o nome do cineasta Kleber Mendonça, realizador do premiado filme Aquarius, como coordenador de Cinema do IMS (a sala de exibição tem 150 lugares).
Na abertura será exibida a videoinstalação The Clock (2010), do cineasta suíço-americano Christian Marclay, que ganhou o Leão de Ouro na Bienal de Veneza de 2011. A obra é uma produção experimental com duração de 24 horas, feita de fragmentos de vários filmes com imagens de relógios – a hora marcada coincide sempre com da exibição, ou seja, com o tempo real do espectador.
O setor de fotografia será privilegiado no novo centro cultural do IMS. Só a biblioteca, especializada, terá capacidade para abrigar 30 mil volumes, entre eles livros de coleções como a do fotógrafo Thomaz Farkas e da crítica Stefania Brill. O IMS paulistano vai ainda promover cursos sobre artes. O novo centro cultural do IMS terá uma praça no quarto pavimento, onde vai ser instalada uma loja da livraria Travessa. Também funcionará no mesmo andar do novo IMS um café e restaurante de nome Balaio.
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