O Museu do Louvre anunciou nesta segunda-feira, 31, que vai liderar o projeto de restauração do Museu Nacional de Beirute e da Direção-Geral de Antiguidades do Líbano (DGA) após os danos causados pela violenta explosão do último dia 4, para a qual enviou seus especialistas em Antiguidades Orientais.
O Museu Nacional de Beirute sofreu danos significativos, pois a onda da explosão quebrou as janelas e portas do edifício, destruindo os sistemas de segurança, o que significa que hoje a proteção das obras está somente nas mãos da segurança do local.
A DGA, cuja sede também foi danificada, estimou o custo das reparações de emergência em US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,4 milhões), e apresentou um plano de ajuda à Aliança Internacional para a Proteção do Patrimônio em Áreas de Conflito (ALIPH, na sigla em inglês), criada em 2017 pela França e pelos Emirados Árabes Unidos.
Este órgão ativou um plano de restauração do patrimônio de Beirute, dotado de US$ 5 milhões (cerca de R$ 27 milhões), US$ 200 mil (cerca de R$ 1,07 milhões) dos quais já foram usados para lançar a primeira fase de emergência do projeto de recuperação e pela qual o Louvre é diretamente responsável.
A equipe do departamento de Antiguidades Orientais do Louvre já está em Beirute fazendo um primeiro levantamento dos danos e necessidades, e as obras começaram hoje.
O Museu Nacional de Beirute, localizado a três quilômetros ao sul do porto, exibe em três andares mais de 1,8 mil objetos que vão da pré-história ao período otomano e foi inaugurado em 1942.
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