Em 2005, quando começou, a SP-Arte reuniu 41 galerias, expôs 600 obras e atraiu um público de 6 mil pessoas. Hoje, ao abrir suas portas, no Pavilhão da Bienal, a 13.ª edição da SP-Arte vai juntar 159 galerias (44 delas estrangeiras), quatro vezes o número da feira inaugural, levando ao Ibirapuera 4.300 obras dos maiores nomes da arte moderna e contemporânea internacionais, de Albers a Damien Hirst, passando por Joseph Beuys, além de brasileiros veteranos (Judith Lauand, Waltercio Caldas) e da nova geração (Carla Chaim, Nino Cais).
Já considerada a maior feira de arte do Hemisfério Sul, a SP-Arte espera um público superior a 30 mil pessoas. Ela cresceu tanto que, em 2017, “se consolidou como um festival internacional de arte”, destaca sua idealizadora e diretora, Fernanda Feitosa, citando as novidades incorporadas à feira, entre elas o setor Repertório, com curadoria do crítico Jacopo Crivelli Visconti, que concentra artistas nascidos nos anos 1940 considerados vetores da arte contemporânea (Richard Long, Rubem Valentim).
Outro segmento relativamente novo é o Solo, criado há três anos e dedicado a mostras individuais de artistas escolhidos pela curadora Luiza Teixeira de Freitas, entre eles o paulistano Rafael Rg, o peruano Pier Stockholm e a croata Sanja Ivekovic. Também novo, em seu segundo ano dentro da feira, o setor de Design cresceu, teve repercussão internacional (reportagem no New York Times) e agora abriga 25 galerias com mobiliário de arquitetos (Niemeyer), designers (Etel Carmona) e artistas (Lasar Segall).
As galerias japonesas (Koyanagi, Ota) fazem sua entrada na SP-Arte, antecipando a abertura da Japan House em São Paulo, trazendo nomes como Sugimoto e Yayoi Kusama. Em parceria com o Videobrasil será aberta uma exposição de videoarte no Galpão VB. Uma série de palestras (Talks) traz à feira especialistas como o jornalista Dan Fox (da revista Frieze) e o casal de colecionadores americanos Marc e Livia Strauss. “O mercado brasileiro está em expansão, o que justifica o crescimento da participação de galerias, curadores colecionadores estrangeiros”, conclui Fernanda Feitosa.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.