As cores e as formas de Marta Minujín na Pinacoteca: veja como visitar a exposição da artista pop

‘Marta Minujín: Ao Vivo’ tem entrada gratuita aos sábados e apresenta mais de 100 trabalhos da argentina de 80 anos, como um inflável gigante, uma instalação com 200 colchões, vídeos e obras supercoloridas

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Por Redação

A artista argentina Marta Minujín ganha sua primeira mostra panorâmica no Brasil, com mais de 100 obras e projetos imersivos em que combina cor, som e movimento, a partir deste sábado, 29, na Pinacoteca de São Paulo.

Quem visitar o museu ou passar na frente dele na primeira semana da exposição verá uma grande obra da artista no estacionamento. Trata-se da Escultura de los Deseos (1922), um inflável de 17 metros de altura levado ao Lollapalooza da Argentina no ano passado.

Escultura de los Deseos, de Marta Minujín, na entrada da Pinacoteca para a abertura da retrospectiva da artista argentina Foto: Levi Fanan/Pinacoteca do Estado

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Marta Minujín: Ao Vivo, em cartaz até 28 de janeiro de 2024 (com entrada gratuita aos sábados), comemora os 80 anos da artista conceitual que herdou da escola pop o gosto por um cromatismo forte e lisérgico e tem curadoria de Ana Maria Maia.

O fio condutor da exposição, que ocupa as sete salas do primeiro andar da Pinacoteca Luz, é a contribuição da artista para uma vanguarda que pensa a América Latina em termos micro e macropolíticos.

Marta Minujín

A artista argentina Marta Minujín, na frente de sua obra Templo dos Livros, em 2014, durante a abertura da feira Documenta 14, em Kassel, na Alemanha Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

Nascida em Buenos Aires em 1923 e ainda ativa, ela transita entre diversas linguagens, escalas, circuitos artísticos e sociais. É considerada a “embaixadora do pop argentino”, mas sua obra combina ainda aspectos do happening, da arte conceitual, do realismo, do conceitualismo e da arte pública.

Em exposição

A retrospectiva reúne trabalhos feitos pela artista a partir de 1963.

Marta Minujín usou 200 colchões para a instalação Galeria Blanda, de 1973 Foto: Levi Fanan/Pinacoteca de São Paulo

Na primeira sala expositiva, o público poderá ver, além de projeções, a Galeria Blanda (Galeria Mole), uma instalação de 1973 feita com 200 colchões de um hotel abandonado dos Estados Unidos. A polícia chegou lá, retirou quem ocupava o local, e ela pediu os colchões.

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Registros da apresentação de Galeria Blanda, de Marta Minujín, em 1973, em imagem que pode ser vista na Pinacoteca Foto: Levi fanan/Pinacoteca de São Paulo

Outros colchões, desta vez coloridos e retorcidos, uma das marcas da obra da artista, serão vistos ainda em outras salas.

A retrospectiva de Marta Minujín fica em cartaz na Pinacoteca até janeiro de 2024 Foto: Levi Fanan/Pinacoteca de São Paulo

A exposição também conta com videoinstalações e fotoperformances, como a El Pago de la Deuda Externa Argentina con Maíz (1985). E a obra El Batacazo (1965), recriada para a mostra da Pinacoteca.

Nela, ícones da mídia conduzem o visitante, que passa por jogadores de futebol do Brasil e Argentina, sobe escadas encontrando playboys e cosmonautas e desce um escorregador para cair em uma boneca inflável com o formato do rosto da atriz italiana Virna Lisi.

Nos anos 1970, com a ditadura militar se espalhando pela América Latina, Minujín buscou um projeto artístico de integração desses países. Um de seus trabalhos desta época, Comunicando con tierra (1976), também foi remontado para esta exposição. Nele, há o Nido de hornero, instalação com a forma de um ninho de joão-de-barro gigante.

Os ingressos para a exposição de Marta Minujín são gratuitos aos sábados Foto: Levi Fanan/Pinacoteca de São Paulo

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A mostra termina com uma das videoinstalações mais recentes da artista, Implosión! (2021). A nova versão da obra promove a imersão em um cubo musical multicolorido.

Marta Minujín: Ao Vivo

  • Data: de 29/7 a 28/1/24
  • Endereço: Pina Luz (1º andar) - Praça da Luz, 2, São Paulo
  • Horário de funcionamento: 4ª a 2ª, 10h-18h (entrada até as 17h). Nas quintas, a Pinacoteca fecha às 20h, e a entrada é gratuita a partir das 18h. Fecha na 3ª
  • Ingressos: R$ 30 (vale para visitar todo o museu). Entrada gratuita aos sábados
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