Do modernismo canônico de Tarsila do Amaral à diversidade de experimentações do alemão Paul Klee, o ano de 2019 vai estar repleto de atrações importantes para os fãs da arte em São Paulo.
No Masp, o ano vai ser inteiramente dedicado a artistas mulheres, com destaque também para o movimento feminista. O ano começa com uma exposição individual de Djanira da Motta e Silva (1914-1979), A Memória de Seu Povo, em cartaz entre março e maio, antes de seguir para a Casa Roberto Marinho, no Rio, onde estará entre junho e outubro.
Em seguida, estreiam mais individuais sobre o trabalho de Lina Bo Bardi (1914–1992) e Tarsila do Amaral (1886-1973) – Tarsila Popular é a primeira grande mostra da artista desde a retrospectiva Inventing Modern Art in Brazil, no Museu de Arte Moderna de Nova York, em 2018. Com 120 obras, a exposição, de acordo com comunicado do Masp, “busca enfatizar seus personagens, temas e narrativas, especialmente em relação a questões sociais, políticas, raciais e de classe, bem como chamar atenção para as aproximações com a arte popular e vernacular”.
A maior mostra do ano no museu, no entanto, será coletiva e dividida em duas partes, de agosto a novembro. Histórias das Mulheres terá foco na produção do século 16 até o final do século 19, com pinturas de retratos, naturezas-mortas, paisagens e cenas históricas e religiosas. Já Histórias Feministas terá artistas de diferentes nacionalidades para abordar as questões do feminismo no século 21. O Masp terá ainda mais três exposições individuais em 2019, das artistas Anna Bella Geiger, Leonor Antunes e Gertrude Goldschmidt (1912-1994), esta última em parceria com a Fundación Jumex, do México, o Museu d’Art Contemporani de Barcelona e a Tate, de Londres.
No Centro Cultural Banco do Brasil, o maior destaque do ano será uma grande exposição focada no artista alemão Paul Klee (1879-1940), que vai rodar por Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, onde será aberta ao público já no dia 13 de fevereiro. Equilíbrio Instável, de acordo com o CCBB, foi especialmente preparada para o público brasileiro e contará com mais de 100 obras do artista, sendo 16 pinturas, 39 papéis, 5 gravuras, 5 fantoches e 58 desenhos, além de objetos pessoais de Klee.
A mostra conta com peças do acervo do museu Zentrum Paul Klee, de Berna (Suíça), que desde 2005 se dedica à preservação, catalogação, difusão e pesquisa em torno da vida e obra do artista. As obras retratam as experimentações de Klee pelo cubismo, expressionismo, construtivismo e surrealismo.
Já na Pinacoteca do Estado, a maior exposição do ano será coletiva, mas a partir dos trabalhos do também alemão Joseph Beuys, que, com sua obra usando várias técnicas, se tornou um dos mais influentes do seu país no século 20. Artistas brasileiros e estrangeiros serão colocados, na mostra, em paralelo às obras de Beuys.
O museu vai receber, ainda, uma série de exposições individuais, como a do carioca Ernesto Neto, a maior delas, e a da portuguesa Grada Kilomba.
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