EFE e AP - O Museu d’Orsay, de Paris, disse que conseguiu abortar um ataque a uma pintura de Van Gogh de seu acervo, na quinta-feira, 27, segundo informações da EFE.
A ativista pretendia jogar sopa em um autorretrato de Van Gogh em Saint Rémy, dias após ataques semelhantes terem ocorrido na Inglaterra, Alemanha e Holanda, onde ativistas jogaram sopas e puré de batata a várias obras de arte.
De acordo com o Le Parisien, a mulher também queria colar o rosto em outra pintura, como fez uma ativista com A jovem da pérola, no Mauritshuis, em Haia, naquela mesma quinta-feira, mas foi abordada quando removeu o suéter para que aparecesse a mensagem em sua camiseta: “Apenas pare com o óleo”.
Ela estava acompanhada de outras pessoas, que levavam câmeras para registrar o protesto.
As ações preventivas colocadas em prática desde a proliferação deste tipo de protesto, que envolvem também a polícia, impediram que ela se aproximasse da tela de Van Gogh. Depois, ela se dirigiu a um Paul Gauguin com uma garrafa na mão, mas foi detida por um segurança. A polícia estava preparada para agir, caso ela tivesse êxito.
A mulher não foi presa, mas o museu apresentou uma queixa por tentativa de vandalismo voluntário.
A EFE perguntou aos outros museus franceses, como o Louvre, acerca das ações implantadas nas últimas semanas para garantir a segurança das obras e lidar com ameaças. Em geral, as obras mais valiosas são protegidas com vidro - mas não todas.
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Ativistas de diferentes países estão seguindo as diretrizes do movimento britânico “Just stop oil”, que exige o fim da novos projetos de extração de petróleo e gás fortalecendo suas demandas com este tipo de protesto.
Sangue em um Toulouse-Lautrec
Já em Berlim, a polícia disse, nesta segunda-feira, 31, segundo a AP, que uma pintura do famoso artista francês do século 19, Henri de Toulouse-Lautrec, foi encharcado com sangue falso em um museu de Berlim. O também foi promovido por ativistas ambientais, embora não haja, segundo a polícia, aparente ligação entre eles.
Os danos à tela Clown estavam sendo avaliados. O quadro é protegido por vidro. A pessoa teria, depois disso, colado uma das mãos na parede ao lado da obra, na Alte Nationalgalerie, neste domingo, 30.
A polícia prendeu a pessoa depois de desgrudar a mão da parede. O suspeito estava distribuindo panfletos antes do incidente, disse a autoridade, mas não forneceu detalhes sobre seu conteúdo. Ele tampouco informou se a pintura sofreu algum dano, já que eça ainda estava sendo analisada na oficina de restauro do museu.
O chefe da Fundação do Patrimônio Cultural da Prússia, que supervisiona o museu, disse no domingo que estava “chocado com esse ataque à arte, que, neste caso, aparentemente, não pode ser atribuído a nenhum grupo ativo na política climática’', informou a agência de notícias DPA.
Hermann Parzinger disse que a informação inicial era de que parecia não haver danos à pintura em si, mas a cola e o corante tiveram que ser removidos da parede coberta de tecido da sala onde o quadro estava localizado.
O incidente seguiu-se a uma série de manifestações do grupo Uprising of the Lasta Generation, cujas ações nos últimos meses incluíram o bloqueio de ruas e o arremesso de purê de batatas em uma pintura de Claude Monet em um museu de Potsdam, nos arredores de Berlim.
Também no domingo, 31, dois ativistas ambientais se colaram em uma exposição de dinossauros no Museu de História Natural de Berlim para protestar contra o que eles disseram ser a falha do governo em lidar adequadamente com a ameaça das mudanças climáticas.
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