Di Cavalcanti de R$ 8 milhões, Constituição e vitral: golpistas destroem acervo cultural e histórico

Ao menos seis golpes furaram a tela ‘As Muladas’, de Di, avaliada em R$ 8 milhões, enquanto vitral atingido pertence a uma das vitralistas mais importantes do País

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Foto do author Vinícius Valfré
Atualização:

BRASÍLIA - Além da destruição parcial da estrutura de prédios históricos de Brasília, neste domingo, 8, os extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também danificaram obras de arte guardadas nos Três Poderes e expostas ao público.

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Trabalhos de artistas como Di Cavalcanti e Marianne Peretti foram deliberadamente atacados pelos radicais. Obras entregues como presentes aos Três Poderes por lideranças e representantes de outros países também foram destruídas.

O vitral “Araguaia”, de Marianne Peretti, foi depredado. A obra fica no Salão Verde da Câmara dos Deputados e é um dos principais símbolos do espaço por onde circulam deputados e jornalistas.

Painel de Marianne Peretti Foto: Congresso Nacional

A base da escultura “Bailarina”, do artista Victor Brecheret, não está mais no lugar em que estava, na Câmara. Nas redes, internautas alertam para a possibilidade de a obra ter sido roubada.

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No Palácio do Planalto, um painel do modernista Di Cavalcanti foi perfurado. As imagens divulgadas pelo governo mostram ao menos cinco buracos na obra “As mulatas”, com valor estimado em R$ 8 milhões, segundo o Planalto. Outras telas foram destruídas ou pichadas pelos apoiadores de Bolsonaro.

As Mulatas, de Di Cavancanti Foto: Reprodução

Nos demais Poderes, obras históricas também foram perdidas. Ao invadirem o Supremo Tribunal Federal (STF), os golpistas pegaram uma réplica da Constituição de 1988, exposta onde no Salão Branco da Suprema Corte. O exemplar original, segundo o STF, está guardado no museu do órgão.

O brasão da República do plenário do STF foi removido do local e levado para fora do prédio. Extremistas posaram para fotos com o emblema em mãos. As cadeiras usadas pelos ministros nas sessões da Corte também foram arrancadas e destruídas.

No Palácio do Planalto, os terroristas invadiram o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Foram roubadas armas letais e não letais, segundo divulgou a Secretaria de Comunicação da Presidência.

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