Pablo Picasso morreu há 50 anos, no dia 8 de abril de 1973. A causa de sua morte foi um ataque cardíaco, decorrente de um edema pulmonar (acúmulo de líquido nos pulmões) que lhe afligiu em seus últimos momentos. O fato ocorreu por volta das 11h40 e um médico foi chamado, mas nada pôde fazer quando chegou.
Consta que Picasso pintou até a véspera de sua morte. “Dizem que estou cansado, que não trabalho mais. Dizem que estou doente. Pois vão ver”, dizia, cerca de 20 dias antes de morrer, quando pensava nas exposições que faria em Avignon e Nice na França, país em que viveu desde 1904 (o artista nasceu em 1881).
A morte do pintor causou ampla repercussão à época. O poeta Pablo Neruda lamentou a morte de quem chamou de “irmão mais velho”: “Quando vivi em Vallauris creio ter sido uma das poucas pessoas a quem deu a chave do seu atelier para entrar a qualquer hora. A perda para a cultura contemporânea é tão grande... É como se tivesse desaparecido um continente, um país, com cidade, rios, casas e gente. Talvez na história da arte, nunca tenha havido um transformador tão poderoso”.
José Luís Vilar Palasi, então ministro da educação da Espanha, enviou um telegrama à família de Picasso: “Peço que recebam sentidos pêsames pelo falecimento do eminente pintor Pablo Picasso, compatriota insigne, gloria da arte, em nome da Espanha, que se associa à dor cultural universal”. À época, o país ainda vivia sob a ditadura de Franco.
Clique aqui para ler a reportagem sobre a morte do pintor publicada no Estadão em 1973.
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