Plano da Noruega para salvar mural gigante de Picasso divide opiniões

Os críticos dizem que a estrutura de concreto de 50 anos é feia e merece ser destruída, enquanto os fãs pedem sua proteção

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Por Terje Solsvik e Gwladys Fouche
Uma visão geral do prédio do bloco 'Y', adornado com um mural de concreto dos artistas Pablo Picasso e Carl Nesjar, enquanto os trabalhadores começam a derrubar o mural antes que o prédio seja demolido, no centro de Oslo, Noruega, em 27 de julho de 2020. Foto: REUTERS/Gwladys Fouche

OSLO - A Noruega começou a demolir um edifício histórico decorado com murais gigantes de Pablo Picasso nesta segunda-feira, como parte dos esforços para reconstruir a sede do governo após um atentado mortal de um grupo de extrema-direita.

O prédio de escritórios do bloco “Y” de Oslo, com um mural de Picasso em uma seção de 250 toneladas de fachada, será substituído por uma alternativa moderna e mais segura, disse o governo.

A demolição dividiu opiniões fortemente. Os críticos dizem que a estrutura de concreto de 50 anos é feia e merece ser destruída, enquanto os fãs pedem sua proteção.

Nesta foto de arquivo tirada em 6 de agosto de 2013, as pessoas passam em frente ao mural de Picasso 'Os Pescadores' no bloco 'Y', em Oslo, Noruega. Foto: Photo by Odd ANDERSEN / AFP

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Picasso colaborou com o escultor norueguês Carl Nesjar, que transformou obras do artista espanhol em enormes murais de concreto em Nova York, Barcelona, Oslo e outras cidades.

Usando uma parede externa inteira do edifício, Nesjar deu a Os Pescadores, de Picasso, um lugar de destaque na capital norueguesa, além de a Gaivota, uma obra do chão ao teto em uma parede de 60 toneladas.

O bloco “Y”, construído em 1969 e nomeado por sua forma vista do ar, abrigou o Ministério da Educação da Noruega até 22 de julho de 2011, quando o militante anti-islâmico Anders Behring Breivik detonou uma grande bomba nas proximidades.

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