BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro nomeou Ricardo Braga para o cargo de secretário especial da Cultura do Ministério da Cidadania. O decreto com a nomeação está publicado em edição extra do Diário Oficial da União que circulou na quarta-feira, 4.
Paulistano de 50 anos, Braga é formado em Economia pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP) e tem MBA em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo o Ministério da Cidadania, Braga contruiu uma trajetória no mercado financeiro, de bancos e corretoras, e tem experiência na gestão de operações e investimentos.
Ele atuava como diretor de investimentos do Andbank Brasil até ser convidado para a secretaria e antes foi superintendente de operações do Banco Votorantim.
Em nota, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, afirma que a indicação "corresponde às necessidades da pasta em imprimir um maior dinamismo e eficiência aos projetos da Secretaria Especial de Cultura".
A primeira reunião de Braga com o ministro vai ocorrer na próxima segunda-feira, 9.
Nomeação ocorre após saída conturbada de Henrique Pires
No dia 22 de agosto, o então secretário de Cultura, José Henrique Medeiros Pires, foi exonerado do cargo. Pires deixou o posto após o governo suspender por 180 dias o edital para financiamento de obras com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Obras com temática LGBT disputavam o edital, o que foi criticado por Bolsonaro.
Pires afirmou, em entrevistas, que a suspensão foi a "gota d'água" e que pediu exoneração, apesar do ministro da Cidadania, Osmar Terra, ter reivindicado a autoria do pedido de demissão. O ministério, por ocasião da exoneração, disse que Pires não estava desempenhando as políticas propostas pela Pasta.
Desde o dia 22 de agosto, a secretaria de Cultura estava sob comando do secretário-adjunto e secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, José Paulo Soares Martins.