Ernest Hemingway, conhecido por ser um homem de personalidade forte e marcante, frequentemente associada ao “machismo”, demonstrou um lado generoso e reflexivo em cartas inéditas, ainda sem data oficial de lançamento.
Nas correspondências, escritas principalmente entre 1934 e 1936, o autor ofereceu conselhos e encorajamento a escritores aspirantes, além de compartilhar detalhes sobre seu próprio processo de escrita. As informações são do The Guardian.
Leia também:
Em uma carta de 1934, Hemingway aconselhou a manter o controle da narrativa como se estivesse controlando um cavalo, parando sempre em um ponto interessante. Ele orientava os jovens escritores a nunca esgotarem suas ideias de uma vez, mas continuar a escrever diariamente. A correspondência revela sua interação com Arnold Gingrich, editor que lançou a revista Esquire, a quem Hemingway frequentemente dava feedback franco sobre suas tentativas de escrever um romance.
Outra carta foi dirigida a um escritor iniciante, Joseph Hopkins, a quem Hemingway incentivou dizendo que escrever boas histórias poderia torná-lo imortal através de sua obra. Ele até ajudou Hopkins a ter um de seus contos publicado na Esquire.
O Volume 6 de The Letters of Ernest Hemingway, que inclui 366 cartas para 116 destinatários, cobre vários temas, desde seu livro de não-ficção Green Hills of Africa até suas experiências com pesca de grandes peixes. Essas cartas foram editadas por Sandra Spanier, Verna Kale e Miriam B Mandel, e serão publicadas pela Cambridge University Press.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.