Cineasta condenado no Irã por 8 anos ressurge no Festival de Cannes após jornada ‘exaustiva’

Estreia do filme do diretor está agendada para esta sexta, 24

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Foto do author Marcos Candido
Mohammad Rasoulof foi condenado a oito anos de prisão no Irã. Foto: Divulgação | Festival de Cannes

O diretor iraniano Mohamad Rasoulof, concorrente à Palma de Ouro deste ano, compareceu ao Festival de Cannes nesta quinta, 23, após fugir da sentença de oito anos de prisão dada pela justiça iraniana.

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Na semana passada, Rasoulof anunciou ter deixado o país de origem em uma jornada “exaustiva” e “perigosa” rumo a um local secreto na Europa. No mesmo comunicado, disse se opor “fortemente contra a recente e injusta decisão que me forçou ao exílio”.

Oficialmente, o Irã afirma que Rasolouf cometeu crimes contra a “segurança nacional” por produzir filmes sem autorização. Segundo Rasoulof, a equipe do longa continua a ser interrogada e intimidada pelas autoridades iranianas.

O cineasta concorre ao prêmio com o filme The seed of the sacred fig (A Semente do Figo Sagrado, em tradução livre). A estreia do longa está agendada para sexta, 24.

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A última vez do cineasta no festival foi em 2017, quando venceu a mostra “Un Certain Regard” por “Lerd”. Em 2020, Mohammad Rasoulof não foi autorizado a deixar o Irã para receber o Urso de Ouro em Berlim, na Alemanha, por “Não Há Mal Algum”.

Neste ano, ele concorre contra 21 outras produções, como Motel Destino, longa do cearense Karim Aïnouz.

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