O ator americano de origem egípcia Rami Malek teria se recusado a interpretar o vilão no novo filme de James Bond, cuja filmagem está em andamento, se o personagem, um terrorista, fosse motivado por"uma ideologia ou uma religião".
Ele se certificou do perfil do personagem antes de aceitar o papel, pois temia que suas origens pudessem ajudar a reproduzir um clichê intolerante, segundo declarações ao tablóide britânico Daily Mirror, publicadas na quarta-feira, 2.
Malek, recentemente premiado com o Oscar por sua encarnação do cantor Freddie Mercury em Bohemian Rhapsody, estabeleceu suas condições para o diretor Cary Fukunaga. "Não podemos identificar (o personagem) com qualquer ato de terrorismo que reflita uma ideologia ou uma religião (...) É por isso que o escolhi (o diretor), para que ele possa contar comigo", afirmou o ator.
O ator, de 38 anos, nasceu em uma família de egípcios que emigraram para a periferia de Los Angeles. Enraizado em suas origens, ele considera que "não há nem primeira geração nem segunda geração" de migrantes. "Eu sou egípcio", disse ele em uma entrevista à revista GQ em 2018.
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