INÍCIO A primeira cerimônia do Oscar foi realizada em 16 de maio de 1929, durou 15 minutos e foi vista por apenas 270 pessoas no Hotel Hollywood Roosevelt. Os ingressos custaram cinco dólares e as estatuetas foram entregues pelo então presidente da Academia, Douglas Fairbanks, que foi o primeiro anfitrião.
CONFUSÃO A cerimônia do ano passado terminou de forma patética. Uma involuntária troca de envelopes fez com que Warren Beatty e Fay Dunaway anunciassem La La Land como melhor filme. Segundos depois, chegou o envelope correto, que apontava o verdadeiro vencedor: Moonlight.
PIONEIRO O primeiro Oscar da história foi entregue ao ator Emil Jannings, que estava de mudança para a Europa e, por isso, não compareceu à cerimônia, recebendo a estatueta com antecedência.
EMPATE O primeiro empate na premiação aconteceu em 1932, quando Fredric March, por O Médico e o Monstro, e Wallace Berry, por The Champ, venceram com atores principais.
CERTEIRO O romance Grande Hotel, de Edmund Goulding, conseguiu a proeza de ser indicado, em 1934, apenas na categoria de melhor filme... E ganhou! Feito inédito até o momento.
FARSANTE Em 1937, Alice Brady foi anunciada como vencedora de Melhor Atriz Coadjuvante, pelo filme Na Velha Chicago. Brady não compareceu à festa, nem mandou um representante. Um homem, porém, recebeu o prêmio, fez os agradecimentos e foi embora. Dez dias depois, a Academia enviou um novo Oscar à atriz.
SUSPENSÃO Em 1938, foi a primeira vez que a cerimônia foi suspensa graças à uma grande inundação em Los Angeles. Outras duas vezes a festa foi adiada: em 1968, pelo assassinato de Martin Luther King, e em 1981, depois do atentado sofrido pelo presidente Ronald Reagan.
VEXAME Em 1952, a atriz Shelley Winters estava certa de que ganharia o Oscar pelo filme Um Lugar ao Sol. Antes de Ronald Colman abrir o envelope e anunciar a vencedora, ela se levantou para dirigir-se ao palco. O ator italiano Vittorio Gassman, com quem ela foi casada durante dois anos, a puxou rapidamente e os dois foram ao chão. A vencedora foi Vivian Leigh (Uma Rua Chamado Pecado).
GUERRA Durante a Segunda Guerra Mundial, a escassez de metal fez com que as estatuetas entregues durante a premiação fossem feitas de gesso. Anos depois, os Oscar foram substituídos pelas tradicionais peças metálicas.
TELEVISÃO A primeira transmissão do Oscar pela TV aconteceu em 1953 e apenas para os EUA – em 1966, o mundo todo começou a assistir.
INDICADA Com sua 21ª indicação, Meryl Streep é, entre os atores, a que mais vezes ficou entre as finalistas. E, se vencer neste ano, conquista sua quarta estatueta e se iguala a Katherine Hepburn.
VENCEDORA A atriz Katherine Hepburn ainda é, entre os prêmios de atuação, a ganhar mais estatuetas: foram 4. O primeiro em 1934, por Manhã de Glória, seguido de Adivinhe Quem Vem para Jantar (1968), Leão de Inverno (1969, empatada com Barbra Streisand, por Funny Girl) e Num Lago Dourado (1982).
FRANCESA Em 1960, a francesa Simone Signoret foi a primeira mulher de outro país a ganhar um Oscar de melhor atriz, pelo filme Almas em Leilão.
CANDIDATO Daniel Day Lewis pode se despedir do cinema também como novo recordista, se vencer neste domingo, por Trama Fantasma: assim como Meryl Streep, ele já levou três prêmios.
VENCEDOR Walt Disney ainda é o principal vencedor, ao faturar 26 estatuetas, além de 59 indicações. O criador do Mickey também conseguiu o feito de ser indicado ao prêmio por 22 anos consecutivos.
SUPER Warren Beatty é o único artista na história que já foi nomeada ao Oscar como produtor, diretor, roteirista e ator por um único filme. E ainda duas vezes: por O Céu Pode Esperar (1978) e Reds (1981).
IRMÃS Duas irmãs foram indicadas na mesma categoria em duas vezes na história do prêmio. Joan Fontaine (por Suspeita) venceu Olivia de Havilland (Hold Back the Dawn), em 1942. Já em 1967, nem Lynn Redgrave (de Georgy, a Feiticeira) ou Vanessa Redgrave (Deliciosas Loucuras de Amor) foram páreo para bater Elizabeth Taylor (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?).
ANIMAÇÃO Pinóquio, de 1940, foi a primeira animação a vencer na categoria de música original, com a canção When You Wish Upon a Star.
PRIMEIRO E Shrek foi a primeira animação a vencer a então recém criada categoria dedicada a esse tipo de trabalho, em 2002.
IDENTIDADE Somente dois atores ganharam o Oscar por interpretar o mesmo personagem: Marlon Brando e Robert De Niro pelo papel de Vito Corleone em O Poderoso Chefão (1972) e O Poderoso Chefão II (1974), respectivamente.
REPRESENTANTE Brando, aliás, não compareceu à cerimônia de sua vitória, sendo representado pela índia Sacheen Littlefeather como forma de protesto à maneira que a televisão e o cinema retratavam a figura indígena. Descobriu-se depois que ela não era uma índia, mas uma militante.
AUSÊNCIA Dois anos antes, em 1971, quem não compareceu foi George C. Scott para receber a estatueta de melhor ator por Patton. Ele – que já recusara o Oscar de coadjuvante por Anatomia de um Crime (1959), disse ter preferido passar a noite assistindo a um jogo de hóquei.
PROGRAMA Quem também tinha o que fazer foi Woody Allen que, embora Noivo Neurótico, Noiva Nervosa tenha lhe rendido três estatuetas (filme, diretor e roteiro original), em 1978, preferiu ficar em Nova York tocando clarineta em um pub.
JOVEM A atriz Tatum O’Neal é a mais jovem a conquistar um Oscar: tinha dez anos quando venceu como melhor coadjuvante por Lua de Papel (1973).
NU No ano seguinte, aliás, 1974, um homem completamente nu surgiu inesperadamente no palco enquanto David Niven preparava-se para anunciar Elizabeth Taylor. O ator não perdeu a fleuma e ainda ironizou as partes íntimas do streaker.
HONORÁRIO Se considerarmos os prêmios honorários, Shirley Temple passa a ser a mais jovem pessoa premiada: em 1935, a menina tinha 6 anos e já foi homenageada pelo conjunto da obra.
MENOR Melhor atriz coadjuvante de 1994, a neozelandesa Anna Paquin teve dificuldade para assistir ao filme que lhe deu o prêmio, O Piano: ela estava com 11 anos quando o longa era proibido para menores de 16.
COADJUVANTE As estatuetas de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Atriz Coadjuvante só surgiram em 1945. Antes disso, os ganhadores recebiam uma placa comemorativa.
EXPERIENTE Aos 89 anos, a cineasta belga Agnès Varda tornou-se a pessoa mais velha a disputar um Oscar (pelo documentário Visages, Villages). Ela tem uma semana de vantagem sobre o diretor americano James Ivory, que concorre pelo roteiro adaptado de Me Chame Pelo Seu Nome.
ÚNICA Apenas uma cineasta venceu o Oscar de direção: Kathryn Bigelow, em 2010, por Guerra ao Terror.
FILA Neste ano, Greta Gerwig, por Lady Bird: É Hora de Voar, é a única mulher indicada na categoria de direção e é a quinta na história do prêmio.
FOTOGRAFIA Já Rachel Morrison é a primeira mulher a ser indicada na direção de fotografia, por Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississippi.
TRANS Yance Ford é a primeira pessoa trans a ser indicada por dirigir um longa-metragem: o documentário Strong Island, sobre a violenta morte de seu irmão e os recentes abusos de poder cometidos pela polícia estadunidense contra a população negra. A primeira pessoa trans a ser indicada na história da Academia foi Angela Morley, compositora da trilha sonora de O Pequeno Príncipe, em 1975.
HQ Desde de Os Incríveis, em 2005, nenhum filme de super-heróis havia sido indicado a um Oscar de roteiro até agora, com a indicação para Logan.
DIFERENTES Fran Walsh foi a única mulher a ganhar 3 estatuetas diferentes na mesma edição do Oscar. Em 2004, ela recebeu os prêmios de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Canção Original por O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei.
MASCULINO Lawrence da Arábia, de 1962, é a única produção sem qualquer mulher em cena a ganhar o Oscar de melhor filme – o único personagem feminino é a fêmea de camelo, chamada Gladys.
DENZEL – 1 Denzel Washington é o ator negro com maior número de indicações (chegou a 8) e ganhou em duas ocasiões: Tempos de Glória e Dia de Treinamento.
DENZEL – 2 Agora ele também é o quinto ator com maior número de indicações da história, entrando para o seleto grupo formado por Marlon Brando, Jack Lemmon, Peter O'Toole, Al Pacino e Geraldine Page.
DISCURSO O mais longo até hoje foi proferido pela atriz Greer Garson: sete minutos de agradecimentos pelo prêmio de coadjuvante, em 1934.
ESQUISITOS Já os discursos mais, digamos, originais foram de Cher (atriz de O Feitiço da Lua, 1987), que agradeceu seu cabeleireiro, Roberto Benigni (ator e filme estrangeiro por A Vida é Bela, 1997), que agradeceu à “pobreza infantil”, e de Maureen Stapleton (coadjuvante em Reds, 1981), que agradeceu a “todas as pessoas que já conheci na vida”.
REPETIÇÃO Por outro lado, Gwyneth Paltrow, que derrotou Fernanda Montenegro, disse 11 vezes “obrigado” ao ganhar como melhor atriz por Shakespeare Apaixonado (1999).
OPS Tom Hanks deu um grande fora em seu discurso de agradecimento por melhor ator em Filadélfia, em 1993, quando interpretou um advogado homossexual. Agradeceu a inspiração que teve em um professor do Ensino Médio, porém, o sujeito não era assumido. A piada renderia o roteiro de Será Que Ele É?, com Kevin Kline em 1998.
TEMPO Cada vencedor tem, no máximo, 45 segundos para fazer seu agradecimento, quando é interrompido por uma música. Em 2013, a Academia brincou ao usar o temível tema de Tubarão.
IMBATÍVEL O compositor do tema de Tubarão, aliás, John Williams, recebeu, neste ano, sua 51ª indicação, pela trilha de Star Wars – Os Últimos Jedi.
FORTE A fim de mostrar que ainda podia trabalhar muito, o veterano Jack Palance comemorou a conquista como melhor coadjuvante (Amigos, Sempre Amigos), em 1992, fazendo flexões com um braço só. À época, ele estava com 73 anos.
PÓSTUMO Heath Ledger e Peter Finch foram os únicos atores da história a receber um Oscar póstumo, por Batman – O Cavaleiro das Trevas (2009) e Rede de Intrigas (1976), respectivamente.
THE FLASH A mais curta atuação a ganhar um Oscar foi de Beatrice Straight, vencedora como coadjuvante: ela aparece apenas 5 minutos e 40 segundos em Rede de Intrigas.
LONGO Já a produção com maior tempo de duração a faturar uma estatueta foi Guerra e Paz (1968), premiado como melhor filme estrangeiro: 7 horas e 7 minutos.
ITÁLIA Os italianos, aliás, dominam a categoria de melhor produção estrangeira, com 11 filmes premiados, como os fellinianos Noites de Cabíria (1958), 8 1/2 (1964) e Amarcord (1975).
GRINGO A categoria Melhor Filme Estrangeiro, aliás, só foi incluída na premiação em 1957, com A Estrada. Antes, havia um prêmio honorário para produções não americanas.
DUBLÊ O Brasil ganhou um Oscar que, na verdade, foi para a França. O diretor do premiado Orpheu Negro, de 1958, era francês e a produção foi feita em conjunto com Brasil, Itália e França.
MOTOCA O filme Diários de Motocicleta (2004), de Walter Salles, ganhou o Oscar de canção original por Al Otro Lado del Río, do uruguaio Jorge Drexler. Novamente, a estatueta não veio para o País.
MOLINA Também não veio com a premiação de William Hurt como melhor ator pelo trabalho em O Beijo da Mulher Aranha, de Hector Babenco (também indicado), em 1986.
ZÉ GALINHA Cidade de Deus não ficou entre os finalistas do Oscar de estrangeiro de 2003 mas, no ano seguinte, disputou em quatro categorias de peso: direção (Fernando Meirelles), fotografia (César Charlone), roteiro adaptado (Bráulio Mantovani) e montagem (Daniel Rezende).
FERDINANDO Carlos Saldanha é o único brasileiro a receber duas indicações na história do Oscar. A primeira foi em 2004 com o curta Gone Nutty e agora em 2018, com o longa O Touro Ferdinando.
EXTERIOR O filme produzido fora dos Estados Unidos ou Inglaterra mais bem sucedido da história do Oscar é O Último Imperador (1987), do italiano Bernardo Bertolucci, que faturou todos os 9 troféus a que foi indicada.
FORA Em 1964, todos os prêmios de atuação foram entregues a não americanos: os ingleses Rex Harrison (Minha Bela Dama), Peter Ustinov (Topkapi) e Julie Andrews (Mary Poppins) e a russa Lila Kedrova (Zorba, o Grego).
DERROTADOS Os maiores derrotados em uma cerimônia foram os filmes Momentos de Decisão (1977) e A Cor Púrpura (1985). Ambos tiveram 11 indicações cada, mas não venceram em nenhuma.
PERDEDORES Entre os atores, Richard Burton e Peter O’Toole foram indicados nada menos do que sete vezes, mas nunca ganharam.
BIG FIVE Apenas três filmes venceram os cinco principais prêmios do Oscar (filme, diretor, ator, atriz e roteiro): Aconteceu Naquela Noite (1934), Um Estranho no Ninho (1975) e Silêncio dos Inocentes (1991).
PRINCIPAL O longa A Noite dos Desesperados (1969) recebeu 9 indicações, incluindo a direção de Sydney Pollack e atuação principal para Jane Fonda. Trata-se do maior número de indicações que um filme já recebeu sem estar concorrendo ao maior prêmio da noite, o de melhor produção do ano.
TROPEÇOS Barbra Streisand tropeçou quando venceu o Oscar de 1969 (Funny Girl), assim como Jennifer Lawrence pisou na própria saia quando subia ao palco, em 2013 (O Outro Lado da Vida).
JOVEM Jennifer, aliás, é a atriz mais jovem a conseguir quatro indicações ao Oscar de melhor atriz – estava com 23 anos. Ela também é intérprete feminina com menos idade a receber uma estatueta em tal categoria.
INJUSTIÇAS Vários gênios do cinema jamais receberam a estatueta em competição – alguns apenas como homenagem. Nomes como Stanley Kubrick, Charles Chaplin, Orson Welles, Jean-Luc Godard e Alfred Hitchcock.
BICAMPEÕES A primeira atriz a ganhar dois Oscars consecutivos foi Luise Rainer e o primeiro ator, Spencer Tracy.
ESCOLHAS É a Academia que decide em qual categoria vão disputar os atores: se principal ou coadjuvante. E não tem influência a quantidade de cenas em que cada um aparece.
MEMBROS Em 2017, 774 profissionais de todo o mundo foram convidados a se tornarem membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Hoje, o número total ultrapassa 8 mil.
TERMO Os ganhadores do Oscar precisam assinar um termo para ficar com a estátua. Com isso, eles se comprometem a nunca vender a estatueta sem antes oferecê-la de volta a Academia pelo preço simbólico de um dólar. A medida vale para estatuetas entregues depois de 1950.
BENEFICENTE A decisão foi tomada depois de ações como a do ator Harold Russell vendeu, em 1992, o Oscar conquistado em 1947 por sua atuação em Os Melhores Anos de Nossa Vida. Ele arrecadou 60,5 mil dólares para cobrir as despesas médicas de sua mulher.
RESTITUIÇÃO Em caso de perda ou furto, a Academia se compromete a entregar uma estatueta nova ao portador.
FURTO O motorista Lawrence Ladente furtou 55 estatuetas em 2000. Dessas, 52 foram devolvidas por um cúmplice e uma outra foi recuperada pela polícia em Miami, em 2003 – as duas demais continuam desaparecidas.
SUMIÇO Já em 2000, 55 estatuetas desapareceram misteriosamente quando era transportado de Chicago, onde são feitos, para Los Angeles. Nove dias depois, 52 deles foram encontrados em um lixo, por Willie Fulgear. O herói foi convidado para participar da cerimônia daquele ano.
MEDIDAS A fabricação de cada estatueta custa em média 500 dólares. Elas medem 43 cm, pesam quase 4 quilos e são banhadas a ouro 24 quilates.
FÁBRICA A confecção das estatuetas demora um mês para ser finalizada. Elas são polidas, moldadas e finalizadas pela Chicago’s R.S. Owens & Company.
REGULAMENTO Para entrar na disputa, o filme precisa ter duração superior a 40 minutos e ser exibido em uma sala comercial na cidade de Los Angeles. A produção precisa ainda ficar sete dias consecutivos em cartaz, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano anterior à cerimônia.
ORIGEM – 1 Várias teorias tentam explicar a origem do nome do prêmio. A mais aceita diz que uma funcionária da Academia, Margareth Herrick, teria dito que a estatueta se parecia com um tio chamado Oscar.
ORIGEM – 2 Outra versão dá conta que a atriz Bette Davis o teria apelidado assim, devido à semelhança com seu primeiro marido.
XARÁ Oscar Hammerstein II foi o único vencedor a ter o mesmo nome que o prêmio – pela canção The Last Time I Saw Paris, do filme Se Você Fosse Sincera (1942).
MUDANÇA Foi em 1989 que a Academia decidiu trocar a frase “E o vencedor é...” pelo atual “E o Oscar vai para...”.
CARO Avatar (2009) é o filme mais caro da história a ganhar um Oscar. O valor da produção não foi divulgado, mas estima-se que seja cerca de 230 milhões de dólares.
TAPETE Os convidados para a festa são recepcionados por tapete vermelho que cobre parte da Hollywood Blvd com mais de 150 metros de comprimento e 10 metros de largura.
ANFITRIÃ Whoopi Goldberg fez história como a primeira pessoa afro-americana e a primeira mulher a ser mestre de cerimônias na entrega dos prêmios, em 1994. Whoopi conduziu a noite de gala com dinamismo, fazendo piadas sobre todo tipo de pessoas, como a cafetina Heidi Fleiss, conhecida como Madame Hollywood, e Lorena Bobbit, uma mulher que cortou o pênis do marido.
SELFIE Ellen DeGeneres, que foi apresentadora em 2007, voltou sete anos depois mais à vontade. Não só fez uma ótima piada sobre 12 Anos de Escravidão, quando afirmou que se o filme não ganhasse o prêmio “todos vocês são racistas”, mas também fez história com a foto mais compartilhada de todos os tempos no Twitter ao posar com Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Brad Pitt, Meryl Streep, Kevin Spacey e outros.
SEM ANFITRIÃO Em 1989, a Academia mudou as coisas, não tendo um mestre de cerimônias oficial. Mas não deu certo. A cerimônia foi tão ruim que levou vários artistas – incluindo Julie Andrews, Blake Edwards, Gregory Peck, Paul Newman, Billy Wilder e Sidney Lumet – a escreverem uma carta aberta afirmando que a cerimônia foi uma “vergonha” e “não é adequado nem aceitável que o melhor trabalho no cinema seja reconhecido de maneira tão humilhante”.
GREVE A cerimônia de 1988 foi confusa por causa da greve do Sindicato dos Roteiristas dos Estados Unidos iniciada 35 dias antes. O anfitrião Chevy Chase começou a noite insultando o público: “Boa noite farsantes de Hollywood”. Embora Sean Connery tenha conquistado o prêmio de melhor ator coadjuvante por Os Intocáveis, disse que daria o troféu para sua mulher e que esperava que a greve terminasse. Chase nunca mais foi convidado para atuar como mestre de cerimônias.
SEM RETRATAÇÃO Chris Rock em seu segundo ano como anfitrião em 2016, não evitou falar da crise de diversidade em Hollywood, que maculou o setor e martelou no assunto a noite inteira. Qualificou o Oscar como “prêmios dos brancos” e observou que, se tivessem indicado possíveis mestres de cerimônia, “não teria tido este trabalho e vocês estariam vendo Neil Patrick Harris agora”.
RECORDISTA O comediante Bob Hope foi anfitrião e co-anfitrião em 19 cerimônias e costumava brincar que nunca ganhou uma das estatuetas que entregava – Hope detém o recorde com o maior número de participações como mestre de cerimônias e seu talento e maestria explicam a razão. Talvez sua mais famosa piada tenha sido em 1968: “nunca vi passarem seis horas tão rápido”.
DURAÇÃO A cerimônia mais curta até hoje foi a de 1959, que durou 1 hora e 40 minutos. Já a mais longa, por enquanto, é a de 2002: 4h23min.
RUINS Ao longo dos anos, muitos anfitriões foram criticados, incluindo Seth Macfarlane, em 2013, que começou a noite com uma canção intitulada We Saw Your Boobs (Vimos seus seios). Também ruim foi a cerimônia de 2011, com James Franco e Anne Hathaway. Ela parecia se esforçar demais ao passo que Franco estava distante.
HOMENAGEM Um dos momentos mais tocantes da cerimônia do Oscar, o In Memoriam, que mostra alguns dos artistas mortos no ano anterior, foi instituído na cerimônia de 1994. Para este ano de 2018, um grupo de produtores trabalhou com uma lista inicial de 800 nomes para chegar aos 40, 45 que serão apresentados em quase cinco minutos. Logo em seguida, uma lista de 200 nomes estará disponível no site da Academia.
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