‘Ainda Estou Aqui’ vai representar o Brasil na corrida por vaga no Oscar 2025; veja a justificativa

Se o filme sobre a história da família de Rubens Paiva, morto na ditadura militar, for escolhido pelos organizadores do Oscar, ele poderá concorrer a melhor filme internacional; anúncio foi feito pela Academia Brasileira de Cinema nesta segunda, 23

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Foto do author Gabriela Caputo
Atualização:

A Academia Brasileira de Cinema anunciou nesta segunda-feira, 23, que o filme escolhido para concorrer à vaga na Oscar 2025 é Ainda Estou Aqui, de Walter Salles.

Na semana passada, a organização havia divulgado uma lista com os seis títulos finalistas, que, por sua vez, foram selecionados a partir de uma lista de 12 inscritos, aptos para concorrer na categoria. Foram duas votações internas, portanto, para chegar ao resultado final.

Fernanda Torres e Selton Mello vivem a trama 'Ainda Estou Aqui', de Walter Salles Foto: Alile Dara Onawale/ Divulgação

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Neste ano, a atriz e diretora Bárbara Paz é presidente da comissão de escolha. “Estou orgulhosa de presidir essa comissão, que foi unânime na escolha desse grande filme sobre memória, um retrato emocionante de uma família sob a ditadura militar”, disse Bárbara em comunicado.

Ainda Estou Aqui é uma obra-prima, sobre o olhar de uma mulher, Eunice Paiva, e com atuações sublimes das duas Fernandas. Esse é um momento histórico para nosso cinema. Não tenho dúvida que esse filme tem grandes chances de colocar o Brasil de novo entre os melhores do mundo. Nós, da indústria do audiovisual brasileiro, merecemos isso”, completou

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O próximo passo é enviar a produção para a avaliação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar, na esperança de disputar na categoria de melhor filme internacional na 97ª edição do mais importante prêmio de cinema.

Saiba tudo sobre Ainda Estou Aqui, de Walter Salles

Ainda Estou Aqui, primeiro filme original Globoplay, em coprodução com ARTE France e Conspiração, estreou no Festival de Veneza 2024, onde foi ovacionado e faturou o prêmio de melhor roteiro. Ambientado no Brasil da década de 1970, o filme é adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, focado na história de sua mãe, Eunice Paiva (Fernanda Torres). Casada com um político de destaque, ela tem sua vida transformada após o exílio do marido (interpretado por Selton Mello) durante a ditadura militar. Fernanda Montenegro também atua no filme, como a versão mais velha da protagonista.

O filme disputou com outros cinco finalistas: Cidade Campo, de Juliana Rojas; Levante, de Lillah Halla; Motel Destino, de Karim Aïnouz; Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges; e Sem Coração, de Nara Normande e Tião. Clique aqui para conhecer os títulos.

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