Alma do Deserto, documentário que aborda a jornada de Georgina, uma mulher transexual da etnia Wayúu, que luta para ter sua identidade de gênero reconhecida e respeitada, chega aos cinemas na quinta-feira, 30. Veja abaixo uma prévia revelada com exclusividade ao Estadão:
A pré-estreia do filme acontece nesta quarta-feira, 29, Dia da Visibilidade Trans. As sessões especiais e debates acontecem em São Paulo (Espaço Petrobrás Augusta - Anexo, às 21h), Rio de Janeiro (Cinesystem Botafogo, às 19h30) e Brasília (Cine Brasília, às 20h30).
A obra foi exibida na Giornate degli Autori, uma das mostras competitivas do Festival de Veneza em 2024, e ganhou o prêmio Queer Lion. Em dezembro do ano passado, o filme foi duas vezes premiado no 45º Festival de Havana: Prêmio Especial do Júri da Competição de Documentários e o Prêmio Arrecife.
Alma do Deserto investiga, de maneira profunda, as complexas intersecções entre identidade, etnia e os desafios de existir em uma cultura que frequentemente marginaliza pessoas trans, especialmente as que pertencem a comunidades indígenas.

O longa acompanha a trajetória de Georgina, desde o enfrentamento da discriminação dentro da sua própria comunidade até a luta pelo reconhecimento legal de sua identidade e o direito ao voto nas eleições colombianas.
“Há muitas pessoas da comunidade LGBTQIA+ na nação Wayúu, mas só conheço Georgina entre as pessoas trans. No entanto, a comunidade é um pouco machista, as mulheres da comunidade sabem disso: existe machismo. E os homens podem ter todas as mulheres que puderem sustentar”, disse a diretora Mónica Taboada-Tapia em entrevista ao El País.