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‘Bacurau’ e outros filmes brasileiros premiados em Cannes estão disponíveis no streaming; confira

Clássicos como ‘O Pagador de Promessas’ e filmes mais recentes como ‘Cidade Baixa’ também podem ser vistos em plataformas como Netflix e Globoplay

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Por Redação

O cinema brasileiro tem vasta tradição em exibir suas produções no prestigiado Festival de Cannes, na França, aberto nesta terça-feira, 16, e que será realizado até o dia 27. Confira abaixo alguns filmes nacionais que receberam prêmios e tiveram destaque no festival ao longo das décadas e onde assisti-los no streaming.

Atores e equipe do longa 'Cidade Baixa', que concorreu no festival de Cannes em 2005.  Foto: Arquivo/Estadão


O Pagador de Promessas (1962)

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O filme de Anselmo Duarte recebeu a Palma de Ouro, prêmio máximo do Festival de Cannes. Na história, o nordestino Zé faz uma promessa para salvar seu burro, que está morrendo. Promete carregar uma cruz até a igreja, em Salvador. Mas ele fez sua promessa num terreiro de candomblé, e ao chegar o padre o impede de entrar na igreja. Cria-se um caso. A imprensa explora o episódio. A mulher de Zé, Rosa, é atraída pelo gigolô Bonitão e isso provoca a ira da prostituta Marly, que acusa a ‘santinha’ de estar querendo roubar seu homem. Engalfinham-se numa briga de arranhões e puxões de cabelo. Cria-se um ‘carnival’ semelhante ao que Billy Wilder armou em A Montanha dos Sete Abutres, mais de dez anos antes. Zé do Burro, amarrado à própria cruz, só entra morto na igreja, nos braços do povo.

Disponível para assistir no Globoplay.

Clique aqui para saber mais sobre os bastidores da Palma de Ouro recebida pelo filme.

Cidade Baixa (2005)

Protagonizado por Lázaro Ramos (Deco) e Wagner Moura (Naldinho), o longa de Sérgio Machado mostra a parceria e as brigas entre dois amigos que rodeiam o mundo do crime, aplicando golpes em seu barco a vapor ou participando de rinhas de galo, por exemplo. Karinna (Alice Braga), uma stripper, surge para formar um possível triângulo amoroso envolvendo os amigos de longa data.

Cidade Baixa recebeu o prêmio da juventude no Festival de Cannes de 2005, e está disponível para assistir no Globoplay e Netflix.

O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969)

O filme é uma espécie de sequência de Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), trazendo novamente o personagem Antonio das Mortes (Maurício do Valle), um mercenário matador de cangaceiros. Em O Dragão da Maldade surge o cangaceiro Coriana (Lorival Pariz), que se diz ser a reencarnação de Lampião. Anos depois de ter matado Corisco, Antonio das Mortes fica intrigado com essa nova figura e vai até a pequena cidade de Jardim das Piranhas para encontrá-lo. Se num primeiro momento o Dragão da Maldade é o próprio Antonio das Mortes, mais tarde será um latifundiário quem assumirá essa posição.

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O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro recebeu o prêmio de melhor diretor para Glauber Rocha no Festival de Cannes de 1969, e está disponível para assistir no Globoplay e Mubi.

Bacurau (2019)

Provavelmente o filme mais recentemente aclamado por sua conquista em Cannes, Bacurau se passa numa pequena cidade chamada Bacurau, no interior do Nordeste brasileiro, que ‘some’ do mapa quando um grupo de estrangeiros pratica uma série de ataques e assassinatos, diante dos quais os moradores buscam reagir.

Bacurau recebeu o prêmio do júri da crítica no Festival de Cannes de 2019, e está disponível para assistir no Globoplay e alugar no Apple TV+ e Google Play.

Linha de Passe (2008)

O filme de Walter Salles e Daniela Thomas é protagonizado pela família de Dario (Vinícius de Oliveira, que havia feito Central do Brasil uma década antes), jovem que tenta a vida como jogador de futebol. Ao lado de seus três irmãos e da mãe, o drama mostra situações vividas na periferia de São Paulo.

Linha de Passe foi exibido no festival de Cannes em 2008, mas não levou a Palma de Ouro. Vale a pena conferir a atuação de Sandra Corveloni, como a matriarca Cleusa, que recebeu o prêmio de melhor interpretação feminina àquele ano. Disponível apenas para alugar, no Apple TV+ e Claro Vídeo.

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