Bruce Willis: como está o ator um ano depois do diagnóstico de demência? Mulher conta o que aprendeu

Família contou sobre diagnóstico de demência frontotemporal do ator em fevereiro; ele havia sido diagosticado com afasia na primavera de 2022

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Foto do author Sabrina Legramandi
Atualização:

O ator Bruce Willis, 68 anos, foi diagnosticado com afasia, diagnóstico que progrediu para uma demência frontotemporal, identificada pela sigla DFT, na primavera do Hemisfério Norte em 2022. A família falou pela primeira vez sobre o diagnóstico mais específico em fevereiro deste ano.

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Um ano depois, a mulher do artista, Emma Heming, contou o que aprendeu com a rotina e os cuidados que envolvem a doença, neurodegenerativa e incurável, em um relato à Sunday Paper. “Depois que a nossa família compartilhou a notícia, senti que conseguia respirar”, escreveu Emma.

Bruce tem recebido o apoio de toda a família, incluindo sua ex-mulher, Demi Moore, que se mudou para a casa de Emma e do artista, segundo fontes do site Radar Online. A atual mulher contou que descobriu uma comunidade forte de pessoas que convivem com familiares com DFT.

Bruce Willis: como está o ator um ano após o diagnóstico de demência? Foto: Henry Nicholls/REUTERS

Ela relatou que, por ainda ser pouco conhecida, houve um longo caminho até o diagnóstico de Bruce, o que a estimulou a falar mais sobre a doença publicamente. “O mundo precisa de saber que nem toda demência é Alzheimer e que nem toda demência tem impacto na memória. Uma doença como a DFT apresenta alterações de comportamento, personalidade, linguagem ou movimento. [...] Meu objetivo é ver o fim da DFT”, disse.

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Apesar de ser incurável, atualmente há amplas pesquisas para encontrar a cura da demência frontotemporal, segundo Emma. Ela ainda detalhou que o diagnóstico do marido mudou sua forma de ver o mundo e que, agora, se sente mais “compassiva”.

Emma relatou sobre um encontro diagnosticada com a doença recentemente e sobre “lutar contra a culpa” de ter mais recursos do que muitos familiares que cuidam de pessoas com DFT. “Quando consigo sair para uma caminhada para ‘clarear’ a cabeça, percebo que nem todos os cuidadores podem fazer isso. Quando o que compartilho sobre a jornada de nossa família chama a atenção da imprensa, sei que existem milhares de histórias não contadas e não ouvidas, cada uma delas merecedora de compaixão e preocupação”, afirmou.

Ela, porém, usa a visibilidade para falar por pessoas que passam pelo mesmo processo. Por fim, Emma contou sobre a esperança que sente, que, conforme o relato, é maior hoje do que quando Bruce foi diagnosticado pela primeira vez. “Por mais que eu sofra diariamente com essa experiência – como sei que muitos outros sofrem –, também sei que ela me tornou mais forte do que jamais imaginei ser possível”, descreveu.

Como está Bruce Willis um ano após o diagnóstico?

A demência frontotemporal afeta significativamente o comportamento e a personalidade de uma pessoa, mas mantém o funcionamento cognitivo relativamente preservado. O ator, conhecido por filmes de ação de sucesso, como Duro de Matar, teve de se aposentar em 2022 após receber o diagnóstico de afasia.

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Emma não detalhou sobre o estado de saúde do ator no texto para a Sunday Paper, mas a família faz relatos frequentes sobre a DFT. Em março, Wifried Gliem, prima de Marlene Willis, mãe de Bruce, disse, em entrevista à Bild, que Marlene “não tem certeza se o filho a reconhece”. Wifried também comentou que os movimentos do artista passaram a se tornar mais lentos e que ele desenvolveu um comportamento “agressivo”, comum em pacientes com o diagnóstico.

No mês passado, Glenn Gordon Caron, amigo do ator, relatou que Bruce perdeu “sua alegria de viver”. “Minha sensação é que, nos três minutos iniciais [das nossas conversas], ele sabe quem eu sou. [...] Ele ainda é Bruce. Quando você está com ele, você sabe que ele é Bruce e fica grato por ele estar lá, mas a alegria de viver se foi”, descreveu ao New York Post.

Apesar de não ter cura, pessoas com DFT podem realizar um tratamento multidisciplinar que envolve reabilitação neuropsicológica e sessões de fonoaudiologia. Remédios que envolvem serotonina também podem ajudar o paciente com sintomas relacionados a depressão, falta de motivação e compulsão. Saiba mais sobre as causas, sintomas e tratamento da demência frontotemporal aqui.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

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