Cleo, atriz, escritora e cantora, estrela filme de ação com o pai Fábio Jr. e o irmão Fiuk

Às vésperas de completar 40 anos, Cleo, que está em ‘Me Tira da Mira’, ainda prepara livro e disco e inicia série

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Quando garota, Cleo Pires – agora, simplesmente, Cleo – tinha a maior dificuldade para se imaginar aos 30 anos. Não imaginava que fosse conseguir. Passou com folga. No ano em que fará 40 – em outubro –, ela atravessa uma fase de intensa criatividade. Está estreando filme, iniciando uma série – na Disney –, lançando livro e finalizando disco que deve sair mais para o meio do ano. Ufa!

Às vésperas de fazer 40 anos, Cleo está no cinema, vai lançar livro, prepara disco e inicia série Foto: Rodolfo Magalhães

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Cleo não para. Desdobra-se em atividades e mídias. Diante do repórter, sorridente, ela se revela como é. Mignon – “Sempre fui” –, na tela é que cresce, vira aquele mulherão de quem nós, o público, não conseguimos desgrudar o olho. 

A entrevista é para falar de Me Tira da Mira, sua comédia de ação em cartaz no cinema, com 400 cópias. O mercado aposta em Cleo, aliás, não só nela. O filme foi feito em família. Cleo, o pai, Fábio Jr., e o irmão, Fiuk, dividem a cena com extenso elenco. Além de atriz, ela também é produtora. Hsu Chien dirige. Na coletiva de imprensa, o diretor começa esclarecendo o próprio nome. “É Chu.”

Ele chegou à direção após uma extensa trajetória como assistente. O repórter o conhece de muitos sets. Na era do streaming – consolidado com a ajuda da pandemia –, Chien filma suas histórias preferencialmente para o cinema. É ação para se ver na tela grande. Cinéfilo de carteirinha, ele enche o filme de citações e referências. Quem vir, verá. 

O roteiro tem mais nomes do que qualquer outra produção brasileira – recente, ou não. Muita gente com crédito de autoria, ou de colaboração. Agora, é a Cleo produtora falando. “Todo mundo que participou merece crédito. O filme foi feito por essa grande equipe.” Ela já havia feito policial a sério. Explica a mudança – a comédia, a ação. “Gosto de misturar gêneros.” O filme em família?

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“Foi muito gostoso, quero fazer mais coisas assim.” Trazer o pai de volta ao cinema foi difícil? “Eu mando, ele faz”, ela diz. E acrescenta – “Brincadeirinha!” 

Em família: Cleo, com Fábio Jr. e Fiuk Foto: Larissa Marques

Logo no começo, Cleo, numa boate mais para espelunca, se exercita na barra. É a Cleo sexy que o público, especialmente masculino, gosta de ver. (Cleo e as pistolas incendeiam o imaginário. Ela diz que é o olhar de quem vê. O repórter responde que não consegue vê-la num papel de freirinha. Ela solta o sorriso – “Pois eu gostaria de fazer!”) Enfim, no filme, a personagem sai para a rua, é seguida por um cliente da casa. Olha o spoiler. Rapidamente, a polícia intervém, o cara tenta fazer Cleo refém, ela o cobre de pancada. É policial, também. Tem o pai, seu pai na vida real, que é federal. O ex, Sérgio Guizé, policial como ela, e o irmão, seu irmão na vida real, como tira enrolado com uma ex-quase namorada. 

Essa turma toda – menos o pai – vai parar numa clínica onde Vera Fischer foi receitada com o medicamento que a levou à morte. O delegado quer arquivar o caso como suicídio, Cleo desconfia de assassinato. A clínica é de propriedade de Stênio Garcia e Cris Vianna. Realiza-se ali dentro uma transação que envolve, além do elenco principal, Maria Gladys e Silvero Pereira, de Bacurau, Viih Tube, Júlia Rabello, etc. “Assim como os gêneros, a ideia era misturar atores de diferentes gerações e mídias – cinema, TV, internet.” Mais trabalho para Chien? “No cinema de Hollywood, cenas de ação como as do nosso filme exigem preparação de semanas. A gente ensaiava e filmava no mesmo dia. O empenho da equipe foi total.” 

Filha e irmã de cantores, Cleo estava talhada para seguir a carreira da família na música? “Nunca pensei nesses termos, não planejei. As coisas aconteceram.” Uma coisa de cada vez, todas juntas e misturadas. Assim como, garota, não se via aos 30, aos 40 – quase! – não se imagina aos 70. Vive o momento. O disco? “Envolveu muito trabalho. Não é só o estúdio. Tem a composição, a seleção. A sonoridade é pop.” 

O livro que ela está lançando pela Melhoramentos se chama Dez Maneiras de se Livrar de Um Embuste, em parceria com Tatiana Maciel. Você sabe quem é – filha da também roteirista Adriana Falcão, escreveu os filmes Desculpe o Transtorno, Fica Comigo Esta Noite e A Dona da História. O que é o embuste? “Um homem tóxico.” Falou! Ainda tem a série. “Posso falar?”, ela pergunta para os assessores no fundo da sala. “É uma história de bruxas.” E mais não conta porque é produção da Disney, que fará a divulgação. 

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