A sala IMAX do Cinépolis, no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, reabriu na última terça-feira, 9, após meses fechada para reforma. Ainda que, em um primeiro momento, tudo pareça igual, há diferenças significativas não só no visual do espaço, mas principalmente na parte técnica. A experiência de assistir a um filme ali, com essas mudanças, está bem diferente.
Para começar, os corrimãos da sala foram corrigidos – antes de fechar para reforma, muitos deles estavam balançando, com a fixação bastante frouxa. As poltronas continuam as mesmas, muito confortáveis, e agora luzes azuis iluminam caixas de som nas paredes.
IMAX With Laser
Até aí, nada que justifique uma reinauguração. O mais interessante acontece quando o filme começa a rodar na imensa tela. A sala agora conta com a tecnologia IMAX With Laser – por enquanto, a única do Brasil, ainda que exista uma tecnologia de projeção com laser, sem ser IMAX, no cinema do Morumbi Town, e no próprio Cinépolis do JK, na sala 2. Mas a rede afirma que a projeção, aqui, é melhor.
A imagem é consideravelmente mais cristalina, as cores são mais vivas e impedem que, mesmo nesse tamanho de tela, o espectador veja as coisas borradas. Durante a visita do Estadão à sala, nos posicionamos no meio, mais especificamente na fileira G.
Antes da troca da tecnologia, era perceptível que a projeção nem sempre acompanhava as movimentações na tela, com algumas pequenas deficiências para quem senta mais à frente. Desta vez, com o laser, tudo transcorreu sem qualquer complicação.
Mas o mais perceptível, e o que deve impactar o público que passa por lá, é o sistema de som. Agora são 12 canais de som, sete a mais do que antes. Com isso, a experiência fica ainda mais interessante do que no Cine Marquise, na Avenida Paulista, que conta com a ótima tecnologia Dolby Atmos.
Com esses canais, o som não necessariamente fica mais alto, mas mais marcado. Dá para identificar pequenos ruídos, como passos ou o gatilho de uma arma, mesmo durante uma explosão. Assim, o design de som do filme não se perde.
Preços e experiência
Durante a reinauguração, foi exibido o filme Beekeeper – uma pancadaria, com tiro, porrada e bomba, estrelada por Jason Statham e que chegou aos cinemas na última quinta-feira, 11.
Apesar da qualidade bastante questionável do longa, é interessante como a experiência na sala foi extremamente positiva: o barulho, em alguns momentos, fazia o ambiente tremer; no entanto, isso não atrapalhava a imersão, já que o novo sistema de som não anula outras construções sonoras do longa. É imersivo.
O ingresso para entrar na sala, até o momento, continua com o mesmo valor de antes – R$ 83 (inteira) na bilheteria e pouco mais de R$ 90 para quem compra pelo aplicativo, já que ele vem com taxas para transações online.
É positivo que o preço não tenha subido, mas ainda assim é preciso notar como o valor é alto. Dois ingressos, mais três horas de estacionamento no shopping e um combo de pipoca saem por quase R$ 250. É um passeio muito caro.
No entanto, para quem pode desembolsar um valor desse e gosta de qualidade técnica na projeção de um filme, a nova sala IMAX é imbatível. Projeção cristalina, com boa dinâmica de brilho, contraste e nitidez; conforto das poltronas, que impedem que a gente fique batendo cotovelo com a pessoa ao lado; e som que deixa qualquer concorrente para trás.
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