Curta brasileiro concorre à Palma de Ouro no Festival de Cannes; conheça ‘Amarela’

Filme do nipo-brasileiro André Hayato Saito é o único representante da América Latina na categoria de curta-metragem

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Foto do author Gabriela Caputo

Amarela, curta-metragem do diretor nipo-brasileiro André Hayato Saito, foi selecionado para a competição de curtas da 77ª edição do Festival de Cannes, concorrendo à Palma de Ouro na categoria. A produção é ambientada em São Paulo, na final da Copa do Mundo de 1998. Erika Oguihara (Melissa Uehara), uma adolescente nipo-brasileira que rejeita as tradições de sua família japonesa, anseia o título do Brasil. Durante o jogo, ela sofre com uma violência que parece invisível e mergulha em uma experiência dolorosa.

'Amarela', curta-metragem de André Hayato Saito, concorre à Palma de Ouro no 77º Festival de Cannes. Foto: Divulgação

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Produzido por uma equipe majoritariamente brasileira com ascendência asiática, o curta é parte de uma trilogia de Saito com a produtora MyMama Entertainment. Por meio dos filmes, ele investiga sua ancestralidade com um olhar íntimo. O primeiro deles foi Kokoro to Kokoro (2022), sobre o laço entre sua avó paterna e uma antiga melhor amiga do Japão – e ganhou menções importantes em festivais de cinema ao redor do mundo. Depois veio Vento Dourado (2023), curta centrado em sua avó materna, no qual o cineasta faz um ensaio sobre a morte e explora a relação entre gerações. Saito está atualmente trabalhando em seu primeiro longa-metragem Crisântemo Amarelo, que será uma síntese da trilogia.

O curta foi selecionado entre 4420 obras inscritas na competição e disputa a Palma de Ouro de Curta-Metragem com outras dez produções. O prêmio será entregue pelo júri no sábado, 25 de maio, durante a cerimônia de encerramento do evento.

Amarela é a quarta produção brasileira que participa da edição de 2024 do Festival de Cannes. Motel Destino, de Karim Aïnouz, também aparece na seleção oficial, concorrendo à Palma de Ouro de melhor filme. Outros dois títulos serão exibidos em mostras paralelas do festival: o documentário A queda do céu, sobre o povo Yanomami, na Quinzena dos Realizadores de Cannes, e o filme Baby, de Marcelo Caetano, na Semana da Crítica de Cannes.

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