O filme espanhol Destinos à Deriva estreou na última sexta-feira, 29, e não demorou muito para chegar à primeira posição do Top 10 da Netflix. Isso pode ser explicado pelo fato de que, apesar de não ser um filme fácil, é extremamente envolvente.
Diferentemente do que se poderia esperar de um filme que se passa praticamente inteiro dentro de um mesmo cenário fechado, com a protagonista praticamente sozinha, não se torna maçante. Talvez “sufocante” seja a melhor palavra para descrevê-lo em diversos momentos.
Além da história interessante e da boa atuação da protagonista, Mia (Anna Castillo), outro fator de destaque são as atitudes tomadas pela personagem. Em muitos suspenses, é comum que ações inconsequentes sejam tomadas apenas para que a história continue rendendo - não é o caso das cenas aqui. Em geral, ela faz o que se espera de alguém numa situação de sobrevivência, ou até mais, em termos lógicos.
Destinos à Deriva também altera de forma competente entre momentos de nervosismo ou incômodo e momentos de alívio ou calmaria, formando um filme envolvente, em que não se ‘sofre’ o tempo inteiro.
Qual é a história de ‘Destinos à Deriva’?
Num futuro distópico em que a maior parte da Europa - incluindo a Espanha, onde vive a protagonista - sofre com a escassez de alimentos e vive sob regimes autoritários e sanguinários. Mia (Anna Castillo), que está grávida, tenta imigrar para a Irlanda ao lado do marido, Nico (Tamar Novas). As coisas não saem como o previsto e eles são separados.
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Pior: o transporte ilegal que transportava o container em que Mia estava é parado pelas autoridades, que fuzilam todos, exceto ela, que se escondeu. Sozinha, ela embarca no navio dentro da estrutura de metal, mas uma tempestade a joga no mar. A partir de então, ela precisa lidar com todos os problemas possíveis, de vazamentos à falta de água e comida.
Dica para quem gostou de Destinos à Deriva: Enterrado Vivo
Uma boa indicação para quem curtiu o longa é Enterrado Vivo, estrelado por Ryan Reynolds. Também se trata de um filme com um protagonista em uma sufocante situação de solidão, quando é enterrado vivo no Iraque, em um caixão, com cerca de uma hora e meia de oxigênio e um celular. Para que seja salvo, é preciso que paguem um resgate caro.
Infelizmente, porém, o filme lançado em 2010 não está disponível para ser assistido no momento em nenhuma plataforma de streaming no Brasil. O jeito é recorrer a algum antigo DVD ou esperar a entrada em algum catálogo.