Documentário com coprodução brasileira está elegível ao Oscar

‘Da cor e da tinta’ reconstrói a vida do artista chinês Chang Dai-chien em seu exílio no Ocidente, incluindo o tempo que passou em Mogi das Cruzes, em São Paulo

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Por Leonardo Neto

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou recentemente a lista de filmes elegíveis para a 96ª edição do Oscar na categoria Documentário. Entre os 166 documentários que concorrem à estatueta, está Da cor e da tinta: Em busca de Chang Dai-chien, uma coprodução EUA, China e Brasil.

Da cor e da tinta, dirigido, roteirizado e produzido por Weimin Zhang, é um documentário que explora a história do artista chinês Chang Dai-chien (1899-1983), que viveu um exílio de 30 anos no Ocidente, parte dele em São Paulo. Chang é considerado o artista plástico chinês mais importante do século XX e muitas vezes comparado com Pablo Picasso.

Frame do documentário "Da cor e da tinta", habilitado para concorrer ao Oscar 2024 Foto: Reprodução

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O documentário reconstrói a vida de Chang, da China pré-comunista até a sua chegada em São Paulo, onde o pintor criou o Jardim das Oito Virtudes (Bade Yuan), em Mogi das Cruzes, cidade onde viveu entre 1954 e 1979. O Jardim das Oito Virtudes era composto um lago e cinco pavilhões. A estrutura foi coberta pelas águas na construção do Sistema Alto Tietê, que ajuda no abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo.

Da cor e da tinta ganhou como melhor documentário na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 2023 e ainda coleciona prêmios dos festivais de Gzdoc e Cinquest.

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